terça-feira, 22 de setembro de 2015

Luto pelos animais de estimação

Fui convidada pela Brunna Olli do Blog Mundo da Brunna Olli para escrever um texto sobre a morte dos animais de estimação.

Segue o link do Blog Mundo da Brunna Olli

http://mundodabrunnaolli.blogspot.com.br/2015/09/luto-anima-voce-sabia-que-existe-luto.html?m=1

Luto Animal- Você sabia que existe luto animal? A psicóloga Nadaby explica

Quem nunca vivenciou a morte de um animal de estimação, conhece alguém que já tenha passado por isso. Cada pessoa reage de uma maneira, algumas choram, outras ficam com raiva ou reprimem a dor, mas todos são visitadas pelo sentimento do luto.

O Brasil é o segundo pais no mundo em quantidade de animais domésticos. Mais de 37,1 milhões de cães e 21,3 milhões de felinos, segundo Abinpet (Associação Brasileira da Industria de Produtos para Animais de Estimação).

O numero de animais de estimação tende a crescer cada vez mais, formando o que chamamos de família multiespecie, no qual o bichinho de estimação é membro da família, igualmente aos seres humanos, muitas vezes ocupando o papel de filho.

O famoso filme Marley e Eu, conta a história de um labrador hiper hiperativo que com as suas "artes" conquistou milhões de fãs pelo mundo, mostra o apego e o cuidado da família por Marley. Quando Marley chega a velhice, começam os problemas de saúde e a família toma a difícil decisão, a eutanásia.

Atire a primeira pedra, quem não deixou escorrer uma lagrima ou várias nesse filme...

E porque nos emocionamos?

Puramente empatia, empatia é se colocar no lugar do outro, sentir a dor do outro. Nos colocamos no lugar dos personagens que perdem um ente querido, no caso Marley.

Como funciona o Luto pelo animal de estimação?

O luto é um sentimento de tristeza profunda pela morte de alguém, no caso do animal de estimação. O luto por um animal de estimação não difere do luto por um ser humano. O luto é dividido em fases, negação, raiva, barganha, depressão e aceitação, sendo que essas fases podem iniciar antes mesmo da morte do animal, exemplo nos casos de doenças, que o dono já sabe da possível morte do bichinho.

- Negação: nega o acontecido; a dor é tão grande que não acredita ser possível supera-la.

Nessa fase é comum a pessoa não falar do bichinho ou do acontecido .

- Raiva: sente raiva da situação e do mundo.

Nesta fase a pessoa se pergunta "o porque comigo?"

- Barganha ou Negociação: quando o individuo faz promessas ou negociações.

É quando se faz as promessas "se ele melhorar, eu não como mais chocolate"

- Depressão: quando o sujeito toma consciência que não tem mais volta.

Quando "cai a ficha" que ele não voltará mais, é comum os choros, a tristeza.

- Aceitação: É o estágio em que o indivíduo não tem desespero e consegue enxergar a realidade como realmente é.

Quando vê a realidade; aceita a situação que não tem mais volta.

Lembrando, cada pessoa é única, então o tempo de cada fase ou a ordem das fases vai depender de cada pessoa. Todas as pessoas passam por essas fases, então fique tranquila e se permita ficar triste, irritada, viva o seu luto, mas lembre, o mundo não para em função da sua dor, VIVA! Persistido os sintomas, procure um profissional ;)

O que eu faço com essa dor, essa saudade?

Faça o bem!!

Se você ama animais, seja voluntario de uma ong e ajude dezenas, centenas de animais que não tiveram a mesma sorte que o seu bichinho de estimação, dê amor, de carinho e receba o triplo de volta.

Você ainda não está preparado para socializar com os peludos? Não tem problema, faça uma campanha, arrecade ração, cobertores, casinhas para os bichinhos.

Tenho certeza que seu peludo estará orgulhoso de você, aonde quer que ele esteja.

E não esqueça, que a sua dor não pode ser maior do que a felicidade que o seu peludo lhe proporcionou :)

Nadaby Pites
Psicóloga CRP 07/23930

Curta (y)https://www.facebook.com/psiconadabypites

Pequena homenagem aos anjos de quatro patas que partiram!


Esse é o Malandro teve uma primeira dona, ficou na rua e teve a graça de conhecer a Cláudia Canalli Tonetta que o cuidou até a sua partida em 2011 . Malandro viveu ate mais ou menos os 17 anos e a saudade é grande.


Essa é a Pri, viveu até os 13 anos junto com a sua dona Maria Carolina Fontanella, que sente muita falta do carinho, da companhia que a Pri lhe proporcionava.


Esse é o Cuscus, a dona dele era a psicóloga, Nadaby Pites, que escreve esse texto. Ele viveu até os 4 anos, pois tinha leucemia felina, mas a alegria que ele proporcionou nessa pequena passagem é imensurável.


Pepeu teve uma passagem rápida nesse mundo, somente 10 meses, gostava de passear e infelizmente um dia não voltou. Faz somente um mês que esse peludo se foi e a saudade é imensa. Sua dona era a Brunna do blog Mundo da Brunna Olli que teve essa iniciativa de falar sobre esse assunto.

segunda-feira, 7 de setembro de 2015

Caixa do Mistério - Atendimento com crianças

Sofro de uma doença grave...
CRIATIVIDADE!!!

Adoro criar, inventar...
Vou dividir com vocês minha ultima arte...
CAIXA DO MISTÉRIO!

O que é a Caixa do Mistério?
É uma caixa de papelão encapada, revestida e com uma unica abertura que cabe uma mão.

Para que serve?
Instigar a curiosidade, imaginação, mobilizar sentimentos...

Como usar?
No atendimento psicológico com crianças pode ser usado para descobrir medos, dizendo para criança que dentro da caixa está os maiores medos do mundo, ou, "aqui dentro tem tudo o que você mais ama" ou "nessa caixa está tudo o que você gostaria de jogar fora".
O profissional foca no seu objetivo e desenvolve.
Importante: fazer um fechamento, usando o exemplo dos medos, falar sobre o que é medo, do porque as pessoas tem medo ou se ela tem alguma fobia, é uma oportunidade de ser trabalhada.
Pode ser usada também em grupo de crianças, quando o foco for uma discussão, um debate, que cada um vai ter uma resposta e um justificativa.

O que eu usei cara fazer a minha Caixa do Mistério?
Caixa de papelão
Folha de rascunho para cobrir as propagandas da caixa
Juta (tecido que parece saco de batata) mas pode ser usado qualquer tipo de tecido
Cola branca
Cola quente
Cola colorida para enfeitar
Use a criatividade!!!


E você quer saber o que tem na Caixa do Mistério...




terça-feira, 25 de agosto de 2015

Psicologia e o desenvolvimento da infância e adolescência


A psicologia do desenvolvimento nos mostra que a criança tem necessidades diferentes em cada fase da vida e certos comportamentos que aparentemente possam parecer inadequados, é apenas um sinal de que estão crescendo.

Para que os pais possam sentir-e mais seguros e conscientes, vou descrever alguns comportamentos relativos a cada idade.

2 anos – Não há conceito de mau e bom/ Não compreende o futuro e o passado, somente o presente/ É extremamente egoísta, não divide/ Estágio do “não”/ Brinca sozinha, não está interessada nos outros/ possessiva/ Imita/ crises de humor são freqüentes. 
AOS PAIS: Estimule 

3 anos – Começa a brincar com os outros/ inicia o estágio do “porquê”/ Fantasias, imaginações/ quer chamar a atenção/ Falante. 
AOS PAIS: Ingresse a criança na escola e lhe dê oportunidades 

4 anos – Idade da experimentação de si próprio e dos outros/ Sociável/ dramático/ Não atende quando é chamada/ Idade do impossível, que aborrece muito os adultos 
AOS PAIS: Muita paciência vai passar 

5 anos – Mais sociável/ controle corporal/ barulhenta, vigorosa/ começa a entender o significado de certo e errado/ brinca com jogos de regras/ capacidade de atenção começa a aumentar.
AOS PAIS: ensine a realidade quando ela se der conta dessa realidade, estimule a independência 

6 anos – Realidade e fantasia começam a tomar formas iniciando a aprendizagem do verdadeiro e da honestidade/ interesse em aprender/ tempo e distância ainda não são claros/ deseja crescer mas ainda quer ser bebê/ já pode ter pequenas responsabilidades.
AOS PAIS: Ajude-o com a auto-estima, estimule a aprendizagem 

7 anos – Inicio do pensamento abstrato/ Dialoga bem/ Começa a defender-se e também aos demais/ espírito competitivo/ se interessa pelo que os outros pensam dela/ ligada no certo e errado. 
AOS PAIS: Seja amigo da criança para que ela aprenda a ser amigável com você 

8 anos – Torna-se consciente do mundo adulto e tenta encontrar um lugar nele/ dependente da mãe/ ansiedades/ distrações/ muito contato físico/ adora colecionar/ gosta de estar em grupos. 
AOS PAIS – Observem o crescimento e estimule com esportes, e jogos. 

9 anos – possuem idéias e interesses pessoais/ meninas mais calmas, meninos mais barulhentos/ desejam fazer bem feito/ inicia a critica aos adultos/ compreende a verdade/ metade criança e metade adulto, estão crescendo. 
AOS PAIS: Conviva com ela, é uma fase muito engraçada 

10 anos – leal aos amigos/ as meninas chamam atenção dos meninos, mas eles ainda não lhes dão atenção/ mudanças no corpo da menina/ inicio da rebeldia/ se fatigam muito, parecem preguiçosos. 
AOS PAIS: Faça do lar um recanto agradável para as crianças e não encontrão problemas 

11 anos – argumenta sobre tudo/ culpa os outros/ idade mais difícil. 
AOS PAIS: Ótima idade para acampar com o filho, fazer aventuras 

12 anos – mais feliz/ se preocupa com a aprovação dos pais/entusiástica/ muita energia/ ama tudo/nunca pode esperar 
AOS PAIS: Se divirta com o início da adolescência 

13 anos – temperamental/ mais quieta/ necessita de privacidade/não se interessa por convidados/seletivos. 
AOS PAIS: Não vasculhem seus segredos, mas esteja sempre por perto. 

14 anos – o temperamento muda de novo/rompantes de entusiasmo/ raramente encontram tempo para fazer tudo o que têm para fazer/pouca apreciação pelos pais (as piadas dos pais são horríveis, o carro da família é uma carroça e os pais são caipiras)
AOS PAIS: Faça uma autoavaliação e lembre-se de que você também passou por essa fase. 

15 anos – Mais questionadores/ às vezes parecem cruéis com os pais/ se preocupam com a aparência visual e o vestuário.
AOS PAIS: Esteja sempre por perto, mas não invada 

16 anos – as coisas devem melhorar/ retorno à família/ volta da afeição aos pais/ ainda não tem muita responsabilidade. 
AOS PAIS: Se as crianças foram criadas em uma boa atmosfera, com certeza irão tornar-se adultos felizes e responsáveis. 


Autora: Dra. Beatriz Azevedo


segunda-feira, 25 de maio de 2015

Adoção Tardia: Conceituação, Mitos e Preconceitos

Trecho do artigo "Adoção Tardia: O que motiva esta escolha?" autora Nadaby Pites 


   O termo adoção tardia é caracterizado pela adoção de crianças com idade superior a dois anos de idade. A definição de “tardia” pressupõe que a parir os dois anos a criança já tenha condições de se perceber diferenciada do outro e do mundo, isto é, que tenha recursos cognitivos para reconhecer pessoas e nominá-las e de autonomia básica para buscar a satisfação de suas necessidades (VARGAS, 1998).
   A psicóloga Marcia Porto Ferreira, coordenadora de um grupo de apoio aos pais adotivos, dá uma entrevista sobre “Adoção” para a revista Abril (2013), ressalta então que “Esse é um nome que já reafirma um padrão de família tradicional: um pai, uma mãe e um bebê. Essa família não é mais a norma, mas, mesmo assim, você continua com uma fila enorme de candidatos que só querem bebês. Enquanto isso, outras crianças vão sendo deixadas de lado.” A psicóloga relembra que atualmente são raras as chamadas familiares nucleares, pai, mãe, filho (bebê), que existem novas configurações e que a adoção tardia entra nesse novo esquema de famílias.
   Já pela AMB (2008) a adoção tardia é definida como uma adoção fora do tempo “adequado”, reforçando preconceito de que ser adotado é prerrogativa de recém-nascidos e bebês. Esse tipo de adoção é um caráter de urgência aonde essa criança ou adolescente precisa de uma família o mais breve possível.
    A adoção tardia permeia por muitos mitos os mais comuns são o medo da não aceitação por parte do adotado e o receio da história pregressa, pois a criança possui lembranças da família biológica.
   Normalmente as dificuldades são dos pais e as crianças as absorvem. Os Adultos não precisam temer o passado da criança. Precisam apoiá-la para vencer o luto do desligamento de sua família de sangue e das pessoas com as quais apegou na sua passagem pela instituição (SOUZA, 2011. p.24).
   Como acontece com filhos biológicos, os pais passam os seus medos, angustias para o tão sonhado filho, receio de que não sejam bons pais. Na adoção não acontece diferente e torna-se mais visíveis em casais que opta pela adoção tardia. No qual os adotados possuem lembranças de sua família biológica e os pais adotivos “lutam” para superar as expectativas dos adotados.
    Segundo o Código Civil Lei 12.010\09, é indispensável a opinião da criança e adolescente enfrente a questão de ser adotada ou não
  1º Sempre que possível, a criança ou o adolescente será previamente ouvido por equipe, interprofissional, respeitando seu estágio de desenvolvimento e grau de compreensão sobre as implicações da medida, e terá sua opinião devidamente considerada.
   2º Tratando-se de maior de 12 anos de idade, será necessário seu consentimento, colhido em audiência (LEI 12.010/2009, art. 28).
   O Código Civil deixa claro em seus artigos que é defendido o direito da criança e adolescente, na adoção tardia é observado o cuidado para que aja o sucesso dessa adoção. Por esse motivo é consultado a criança ou adolescente, para que assim a família tenha um entrosamento e que efetivamente formem uma família. Importante frisar sempre, cada caso é um caso, a adoção tardia é uma adoção necessária, no qual inúmeras crianças esperam por esse momento. Mas cada criança ou adolescente são únicos, como cada pretendente a adoção também, sendo que cada família irá agir de maneira diferente em situações semelhantes e vice versa o adotado também terá comportamentos únicos.
   "Em matéria de adoção tardia, cada situação é excepcional, cada experiência é singular, cada trajetória de criança, inteiramente única, isso a tal ponto que nenhuma generalização seria possível" (TEFFAINE, 1987, p.35).
   A adoção tardia é uma opção nobre de inteira entrega, na qual cada família viverá momentos únicos com o adotado e construindo a cada dia uma efetiva família com amor, respeito e compreensão.



BIBLIOGRAFIA:

Associação dos Magistrados Brasileiros – (AMB) . Adoção passo a passo: adoção crianças criança e adolescentes no Brasil. 2008 Disponível em: <http://www.amb.com.br/mudeumdestino/docs/Cartilha_Passo_a_Passo_2008.pdf>

BRASIL, Novo Código Civil. Lei nº 10.403 de 10 de janeiro de 2002.

SOUZA, Hália Pauliv de. Adoção O amor faz o mundo girar mais rápido. Curitiba Juruá. 2011

TEFFAINE, Ombline Ozoux. Adoption Tardive: D’une naissance à l’autre. Paris: Éditions Stock. 1987 Terapia Familiar no Brasil na Ultima década – Rosa maria s. Macedo e colaboradores- Cynthia Ladvocat 2008

VARGAS, Marizete Maldonado. Adoção tardia: Da família sonhada à família possível. São Paulo 1998

quarta-feira, 29 de abril de 2015

A história da Adoção

Recorte do artigo “Adoção tardia, o que motiva esta escolha?” Autora Nadaby Pites

           O primeiro registro que se tem sobre a adoção foi entre 728 - 1686 a.C. na Babilônia, onde foi criado o primeiro legado jurídico escrito e organizado sobre adoção, Código de Humurabi (GRANATO, 1996).
            Na Bíblia há inúmeras histórias de adoção, a mais conhecida é a de Moises que está relatada no antigo testamento no livro de Êxodo. Aproximadamente no ano 1250 a.C. o Faraó do Egito determinou que todos os bebês do sexo masculino israelitas que nascesse
m deveriam ser mortos. A mãe de Moises preocupada com a situação colocou-o em um cesto e largou-o em um rio. A filha do Faraó do Egito, Térmulus, encontrou o cesto e decidiu criar o bebê como fosse seu próprio filho. Moises se tornou um grande líder e libertador do povo hebreu (PAIVA, 2004).
            Na Roma Antiga, a adoção foi usada pelos imperadores para escolher os seus sucessores, após foi limitada a famílias que não puderam ter filhos biológicos (GRANATO, 1996).
            Na Revolução Francesa, Napoleão Bonaparte, criou o Código Napoleônico que estabelecia o parentesco civil entre duas pessoas. Determinava que o adotante tivesse mais de 50 anos, que se fosse estéril tivesse 15 anos a mais que o adotado. Napoleão afirmava que a adoção era “uma imitação, através da qual a sociedade quer plajear a natureza” demostrando o preconceito sobre os filhos adotivos (WEBER, 1999).
            A adoção no Brasil começa com a colonização dos portugueses os quais trouxeram essa cultura na bagagem. Incentivado pela igreja católica como forma de caridade e visto como mão de obra barata era comum às famílias ricas terem os chamados filhos de criação (PAIVA, 2004).
            Somente em 1916 que no Brasil é regulamentada a adoção pelo Código Civil do artigo 368 ao 378. Constando que somente maiores de 30 anos poderiam adotar e a partir da maior idade do adotado o mesmo era “desligado” da família, não havia parentescos com os demais parentes e não se seguia uma hereditariedade de parentesco, sendo que se o filho adotado tivesse um filho, ele não seria neto desse casal; não se extinguiam o parentesco natural com a adoção, exceto o poder familiar que era da família adotiva (Código Civil, 2002).
            Desde os primórdios da história a adoção visa o interesse dos adultos, dos adotantes, não se importando com as necessidades das crianças. Nas últimas décadas é possível afirmar que houve renovação, visando o melhor interesse da criança, uma filosofia adotada por diferentes países (PALACIO; AMORÓS, 2006).
            Atualmente com o Estatuto da Criança e do Adolescente criado em 1990, o qual fora criado com o intuito da proteção integral à criança e ao adolescente, prevê leis sobre a adoção no Brasil. Assim garantindo inúmeros direitos ao adotado e segurança ao adotante. O ECA explica como a criança ou adolescente é colocada para adoção e como um pretende a adoção se habilita para tal ação.
            A chamada “Lei da Adoção” nº 12010 passou por uma restruturação em 2009. Dentre as muitas alterações a lei determinou a criação do Cadastro Nacional da Adoção (CNA), que já existia desde 2008, por determinação do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Esse cadastro facilita e agiliza o processo de colocação dessa criança ou adolescente em outras comarcas que tenham interesse.
            A lei altera e torna mais rigorosa a adoção internacional que era corriqueira no Brasil. Há especialistas que não concordaram com a mudança, o promotor de Justiça aposentado Wilson Donizeti Leberati, especialista e autor de livros como Adoção Internacional e Direito da criança e do adolescente, em uma entrevista cedida para o G1, Globo.com, afirma que a “a nova lei dificulta a adoção de crianças por estrangeiros, público que geralmente se interessa pela adoção de crianças mais velhas, o que se conhece por adoção tardia” (Oliveira, 2009, p.12).
            A partir do que fora exposto até aqui, é possível afirmar que a adoção está inserida na cultura e historia da humanidade e a mesma foi evoluindo, apesar de ser ainda cercada de muitos preconceitos e estigmas. Com o passar do tempo a adoção recebeu diferentes olhares e passou, também a ser normatizada.


Bibliografia:

BRASIL, Estatuto da criança e adolescente. Lei nº8.069 de 13/07/90. São Paulo. 1990.

BRASIL, Novo Código Civil. Lei nº 10.403 de 10 de janeiro de 2002.

CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA, Acesso em maio de 2014.

GRANATO, Eunice Ferreira Rodrigues. A adoção no Brasil e na Atualidade. São Paulo: Universidade Mackenzie, 1996.

OLIVEIRA, Mariana. (2009). Falta de estrutura do Judiciário ameaça nova lei da adoção. G1- publicação [Versão Eletrônica]
PAIVA, Leila Dutra. Adoção: significados e possibilidades. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2004

PALACIO, Jesús, & Amorós, Pere. Recent changes in adoption and fostering in Spain. British Journal of Social Work. 2006 apud

WEBER, Lidia Natalia Dobrianskyj Aspectos Psicológicos da adoção. Curitiba: Juruá, 1999



sexta-feira, 27 de março de 2015

O que é adoção?

Recorte do artigo "Adoção tardia, o que motiva esta escolha?"Autora Nadaby Pites

           
            Adoção vem do latim adoptar que significa escolher, perilhar, dar o seu nome a , optar, ajuntar, desejar, "tomar alguém como filho" (Dicionário de Latim, 2007).
            Para Souza (2011, p. 13) a adoção
Não se trata de “escolher” uma criança, mas de escolher a “decisão” de se tornarem pais de uma criança que está apta para adoção. Na verdade “adoção é doação”. É um exercício de amor. Quem adota se torna pai\mãe de uma criança ou adolescente com a intenção de amá-la e construí-la para exercer sua cidadania.
                         
            Quando citado “adoção é doação” resume a responsabilidade que as famílias que adotam têm com os meus futuros filhos. Há uma doação de carinho, de atenção, de tempo, de compreensão de ambos os lados, mas principalmente da família que adota, na qual espera por esse momento a bastante tempo.
            É regulamentado pelo Código Civil e pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), que determina claramente que a adoção deve priorizar as reais necessidades, interesses e direitos da criança/ uma criança para uma família. “A adoção será deferida quando apresentar reais vantagens para o adotando e fundar-se em motivos legítimos” (BRASIL, 1990, p. 20).
            Na cartilha “Adoção passo a passo” lançada pela Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB, 2008), pela campanha Mude um Destino, tem como intuito principal esclarecer e derrubar mitos sobre a adoção no Brasil. A cartilha explica desde o porquê uma criança ou adolescente vão para a adoção a como essa mesma é adotada.


Bibliografia:

Associação dos Magistrados Brasileiros – (AMB) . Adoção passo a passo: adoção crianças criança e adolescentes no Brasil. 2008

DIVERSOS, Autores. Dicionário Latim Português. Porto Editora. 2007

BRASIL, Estatuto da criança e adolescente. Lei nº8.069 de 13/07/90. São Paulo. 1990.


SOUZA, Hália Pauliv de. Adoção O amor faz o mundo girar mais rápido. Curitiba Juruá. 2011

quinta-feira, 12 de março de 2015

O que é Terapia Sistêmica?

Olá, meu nome é Nadaby, sou psicóloga e sigo a linha teórica sistêmica. Como não é uma linha tão conhecida, abaixo segue conceitos básicos para que entenda o funcionamento dessa linha chamada também como linha Familiar. Qualquer duvida é só perguntar 
Emoticon wink
O que é Terapia Sistêmica?
A terapia sistêmica compreende o individuo na relação com os seus diversos sistemas família, escola, trabalho, sociedade.

Quando surgiu?
Surgiu na década de 50 pelo antropólogo Gregory Bateson.

Para quem é indicada?
É indicado para todas as pessoas de qualquer faixa etária que esteja em sofrimento psíquico emocional com alguma dificuldade ou conflito especifico.

Como funciona?
O processo terapêutico pode acontecer de forma individual, casal ou familiar.

Qual é a proposta?
A teoria sistêmica propõe uma intervenção intensa, busca modificar o padrão de relacionamento intra e extra familiar.



terça-feira, 3 de março de 2015

Resumo da palestra "Adoção tardia, o que motiva esta escolha?"

Segue abaixo o resumo do meu artigo, o resumo da palestra que será ministrada 9 de março.
Resumo: O presente artigo trata sobre a adoção tardia e visa descrever a motivação por adotar uma criança mais velha. Ao explorar está temática objetivou-se, também,  sensibilizar a população sobre a adoção tardia. A pesquisa é do tipo qualitativa de carácter exploratório através de estudo de caso, devido à escassez de material disponível sobre o tema. A pesquisa constitui em entrevista semiestruturada com perguntas abertas. O caminho percorrido para chegar a essas famílias perpassou pelo Instituto Filhos, instituição que ministra o curso preparatório para adoção em Caxias do Sul. No presente trabalho conceitua-se a história, conceito, tipos de adoção e como funciona o processo jurídico.  A partir de seus relatos foi possível perceber que as famílias trouxeram a questão da adoção tardia não ter sido uma escolha consciente, mas uma situação que aconteceu e que deu certo."
Quer saber mais? 
Dia 09 de março de 2015 às 19h30 no Instituto Filhos

terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

Desabafo durante a graduação

Escrevi esse "desabafo" em meu penúltimo semestre da faculdade e resolvi dividir com vocês, porque ele me traz muitas lembranças boas...

"MOMENTO NOSTALGIA!

Eu aqui fazendo o meu trabalho de estagio de clinica fiz uma viagem, uma reflexão, sim momento nostalgia!

Poxa, é o estagio de clinica, o TÃOOOOO temido estagio de clinica, quem faz psicologia sabe do que estou falando, claro que temos outros estágios antes, observamos, identificamos patologias, aplicamos testes, mas nada, nada é comparado a você vestir o jaleco e atender seu primeiro paciente!

É engraçado a sensação, é como se caísse a ficha "porra!!!! eu vou ser uma psicóloga" o paciente nem sonha que você passou a ultima noite em claro, que você está suando frio, que tem medo de cada palavra que sai da boca dele, que apesar de você estar inseguro você sempre esperou por esse momento, "eu tenho um paciente e ele tem a mim". Depois a gente vê que se chegamos até ali é porque temos capacidade e se torna mais fácil.

Fazendo o meu estudo caso me despeso do meu primeiro paciente, meu primeiro paciente de um ano e teve alta hein! É uma mistura de sentimentos, de alivio,alegria, realização,felicidade, nostalgia...

Os mais conservadores vão falar "nossa ela esta falando do paciente, ela tem apego ao paciente, blablablabla" o povo da psicologia sabe ser chato! Aff!

Não estou falando do paciente, estou falando da sensação de atender, da sensação de se sentir um pouco mais psicóloga, da sensação de ajudar verdadeiramente um ser humano e sim tenho apego ao meu paciente, pois a gente só se dedica e cuida de quem a gente gosta, de quem a gente ama, então amarei cada um dos meus pacientes e ponto!

Então essa semana dou tchauzinho ao meu primeiro paciente, sabendo que só foi o primeiro e que virão muitos e muitos mais... mas a gente nunca esquece o primeiro!"


Mensagem do cartão de visita...

Porque uma árvore feita de mãos?

Como sigo a teoria sistêmica, conhecida como a linha familiar dentro da psicologia, buscava algo que transparecesse isso.
Árvore como a árvore genealógica que todos nós fizemos na época do ensino fundamental, assim contando a nossa história, da onde viemos, quais são as nossas raízes
Esse ser que quero conhecer, saber de onde veio e porque de cada folhinha dessas. Simples assim.

Somos a árvore e as folhas são os acontecimentos, medos, alegrias, pessoas que marcaram ou passaram em nossa vida e assim formando um ser único.





Palestra "Adoção Tardia, o que motiva esta escolha?

"A gente colhe, o que a gente planta."

Chegou a minha vez de colher...

Com grande honra convido a todos a conhecer a apresentação do meu artigo "Adoção Tardia, o que motiva essa escolha?"

Trabalho que tanto me esforcei e batalhei para transparecer a verdade, sendo sempre clara e objetiva.
Muitas vezes abri meu coração nas redes sociais sobre esse tema e quando finalizei o artigo postei "O tcc é como um filho, que a gente alimenta, cuida, sente raiva, chora com ele, ri com ele, mas chega a hora dele ir...
Vai meu filho, anda, corre, voa..."
E não é que ele voou mesmo?!


Dez dias após da minha formatura escrevi esse texto...

Dez dias após da minha formatura escrevi esse texto...
Antes da formatura as perguntas mais frequentes eram "sobre o que é o teu tcc (trabalho de conclusão de curso)?" "O que você vai fazer depois?"
Já hoje a pergunta mais comum é "como você se sente como psicóloga?"
Acho que desanimei muita gente com a minha resposta, eu digo "normal" porque é assim que me sinto. Claro, é um grande alivio, finalmente terminei, hulhul vamoo bebemorar.

Mas e depois? 
Ser psicóloga não é um estado de espirito, hoje "tô" psicóloga e ontem não estava, pelo menos para mim não. Acho que me tornei psicóloga a cada dificuldade que tive na graduação, a cada área que conhecia, a cada estágio e no tcc também, mas não acho que só porque colei grau, sou psicóloga. Acredito que a cada dia que busco mais conhecimento, experiência, a cada passo que dou para escutar, ajudar alguém, dai sim estou sendo mais psicóloga. 
E espero que até o final da minha vida a cada dia eu me torne mais psicóloga e que eu nunca me de por satisfeita... 
Odeio pessoas acomodadas!! 

Esse canudo é simbólico, recebi o canudo e agora? 

Agora vou conquistar o meu lugar ao Sol!!