quinta-feira, 21 de julho de 2016

Filhos perfeitos, crianças tristes: a pressão da exigência

Os filhos perfeitos nem sempre sabem sorrir, nem conhecem o som da felicidade: temem cometer erros e nunca alcançam as elevadas expectativas que os seus pais têm. A sua educação não está baseada na liberdade, nem no reconhecimento, e sim na autoridade de uma voz rígida e exigente.

Segundo a APA (American Psychological Association) a depressão nos adolescentes já é um problema muito grave na atualidade, e uma exigência desmedida por parte dos pais pode derivar facilmente na falta de autoestima, ansiedade, e em um elevado mal-estar emocional.
A educação sempre deve ser a base da felicidade, do autoconhecimento, e não uma diretriz baseada unicamente no perfeccionismo onde os direitos da criança são completamente vetados.

É preciso ter em mente que essa exigência na infância deixa a sua marca irreversível no cérebro adulto: a pessoa nunca se acha suficientemente competente, nem perfeita com base naqueles ideais que lhe foram incutidos. É preciso cortar esse vínculo limitante que veta a nossa capacidade de sermos felizes.

Filhos perfeitos: quando a cultura do esforço é levada ao limite

Frequentemente ouvimos que vivemos em uma cultura que baseia a sua educação na falta de esforço, na permissividade e na pouca resistência à frustração. Contudo, isso não é totalmente verdade: em geral, e mais ainda em tempos de crise, os pais procuram a “excelência” em seus filhos.


Se uma criança tira um 7 em matemática, é pressionado para alcançar um 10. As suas tardes são preenchidas com aulas extracurriculares e seus momentos de ócio são limitados à busca por mais competências, resultando em estresse, esgotamento e vulnerabilidade.

“The Price of Privilege” é um livro interessante publicado pela doutora Madeleine Levine, onde ela explica como, na nossa necessidade de pais em educar filhos perfeitos e aptos para o futuro, o que estamos conseguindo é criar filhos “desconectados da felicidade”.
Educar é ser capaz de exercer a autoridade com amor, guiando seus passos com segurança e afeto porque a infância é um fundo de reserva para a vida toda.


Consequências de exigir demais das crianças


Existe uma coisa que precisamos considerar muito bem. Podemos educar nossos filhos na cultura do esforço, podemos e devemos exigir, sem dúvida, mas tudo tem um limite. Essa barreira, que deveria ser intransponível, é a de acompanhar a exigência a um colchão afetivo incondicional.

Do contrário, nossos filhos perfeitos serão crianças tristes que evidenciarão as seguintes dimensões:
  • Dependência e passividade: uma criança acostumada a ser mandada deixa de decidir por conta própria. Assim, sempre procura a aprovação externa e perde a sua espontaneidade, a sua liberdade pessoal.
  • Falta de emotividade: os filhos perfeitos inibem suas emoções para se ajustarem ao que “tem que ser feito”, e toda essa repressão emocional traz graves conseqüências a curto e longo prazo.
  • Baixa autoestima: uma criança ou um adolescente acostumado à exigência externa não tem autonomia nem capacidade de decisão. Tudo isso cria uma autoestima muito negativa.
  • A frustração, o rancor e o mal-estar interior podem se traduzir muito bem em instantes de agressividade.
  • A ansiedade é outro fator característico das crianças educadas na exigência: qualquer mudança ou uma nova situação gera insegurança pessoal e uma elevada ansiedade.


Pais exigentes frente a pais compreensivos


A necessidade de educar “filhos perfeitos” é uma forma sutil e direta de dar ao mundo crianças infelizes. A pressão da exigência irá acompanhá-las sempre, e mais ainda se a sua educação for baseada na ausência de estímulos positivos e de afeto.

Fica claro que como mães, como pais, desejamos que nossos filhos tenham sucesso, mas acima de tudo está a sua felicidade. Ninguém deseja que na adolescência desenvolvam uma depressão ou que sejam tão exigentes com eles mesmos que não saibam o que é se permitir aproveitar, sorrir ou cometer erros.

Características gerais


Neste ponto, é preciso saber diferenciar entre a educação baseada na exigência mais rigorosa e aquela criação baseada na compreensão e na conexão emocional com nossos filhos.
  • Os pais muito exigentes e críticos costumam apresentar uma personalidade insegura que precisa ter sob controle cada detalhe.
  • Os pais compreensivos “impulsionam” seus filhos para a conquista, permitindo explorar coisas, sentir e descobrir. São guias e não colocam fios nos seus filhos para movê-los como marionetes.
  • O pai exigente é autoritário e leva um estilo de vida que está sempre seguindo o relógio. Indica regras e decisões para economizar tempo através do “porque eu sei que é melhor para você”, ou “porque eu sou seu pai/mãe”.

Para concluir: educar é exercer a autoridade, mas com bom senso. É usar o afeto como antídoto e a comunicação como estratégia.


Nossos filhos não são “nossos”, são crianças do mundo que deverão ser capazes de escolher por si próprios, com direito de errar e aprender, com a obrigação de chegar à maturidade sendo livres de coração e com seus próprios sonhos para realizar.
Fonte: http://amenteemaravilhosa.com.br/

segunda-feira, 18 de julho de 2016

AGRESSIVIDADE INFANTIL É LIGADA A DIFICULDADE DE SE EXPRESSAR

Muitas crianças começam a apresentar um comportamento agressivo de uma hora para a outra. Bater nos colegas de escola, xingar e bater nos pais passa a virar algo comum e desencadeado pelos motivos mais simples.

Quando é contrariada, a criança ainda não tem maturidade emocional para se controlar e pode acabar explodindo. Algumas choram, outras mais partem para a ação, estapeando ou mordendo. “Esse descontrole deve ser investigado”, alerta a psicóloga Rita Romaro. “O que acontece de fato é que toda criança tem dificuldades para controlar suas emoções, mas a maneira como ela é tratada em casa tem uma influência grande na expressão desses sentimentos”.

Nos primeiros anos de vida precisamos ser atendidos imediatamente em nossas necessidades, o que é explicado pela psicanálise: o homem, quando nasce, tem apenas a primeira estrutura da mente, que representa os instintos. Ou seja, um bebê que tem fome, chora sem pensar. Ele não vai esperar como costumam fazer os adultos. Ao longo dos anos, vai-se formando o Ego, que é responsável por desenvolver no indivíduo a capacidade de enfrentar as adversidades ou os desejos não atendidos. “Quanto maior for a tolerância à frustração, mais o indivíduo pode se relacionar bem consigo mesmo e o mundo. No caso das crianças, os pais são parte fundamental desse aprendizado”, diz Rita Romaro.



Causas da agressividade


Não podemos pensar que todas as crianças são naturalmente agressivas, pois alguns fatores externos estão envolvidos nesse processo. Um deles está ligado a alguns fatores como: o fato de a criança observar ou conviver com a violência, a culpa ou o orgulho que ela é estimulada a sentir após praticar a violência e os níveis de frustração e raiva que ela sente. “Os pais, mesmo que não agridam os filhos, podem estimulara violência quando brigam demais entre si. Os filhos amam os pais e, portanto, se espelham neles. Pais agressivos correm o risco de serem imitados pelos filhos”, explica a especialista.

Na escola, a frequência de conflitos entre as crianças pode aumentar se não houver espaço para brincadeiras. Outro motivo é quando a competição é estimulada em excesso no ambiente escolar, sem a explicação de que todos são igualmente capazes.

As frustraçõese as adversidades também entram como possíveis motivos para a agressividade. “Crianças que passaram por situações muito difíceis, podem seguir dois caminhos: ou se isolam, ou se manifestam com constantes agressões.”


Permitir, castigar ou amparar?


Pais que usam a punição física para inibir comportamentos agressivos dos filhos também estão servindo como modelos agressivos, pois demonstram à criança que a violência tem poder e utilidade quando utilizam “tapinhas” na educação. Por outro lado, a permissividade perante a agressão (permitir à criança a expressão aberta e livre da agressão) tem o mesmo efeito de uma recompensa.

“É muito comum encontrar pais que, temendo que seus filhos se tornem crianças “submissas”, estimulam e reforçam positivamente a violência”, diz Rita. Porém, mais importante que isso é mostrar à criança que foi agredida por um colega que o erro é desse colega e que ele copiará um erro se agredi-lo de volta.

Apesar de não estarem com a personalidade totalmente formada ainda, as crianças são capazes de entender os limites que lhes são colocados. Os pais devem agir com um misto de firmeza e carinho. “Um bom exemplo para os pais utilizarem no dia a dia é reprovar com seriedade no mesmo instante em que houver a agressão, dizendo que aquilo não é certo”, afirma Rita.

Privar a criança de algo que ela goste muito também pode funcionar. Ele irá compreender que suas ações negativas provocam reações igualmente negativas. Em casos menos graves, uma boa saída é ignorar a agressão e recompensar os bons comportamentos através de atenção e elogios. De acordo com a especialista, uma das medidas mais eficientes é dizer para a criança que você compreende a raiva que ela está sentindo e que a raiva não é necessariamente algo feio, mas sim que deve ser dito com calma.

Fonte: Minha Vida http://www.minhavida.com.br

domingo, 17 de julho de 2016

As crianças não precisam de celulares precisam do seu tempo

As crianças devem aprender a desfrutar o mundo que as rodeiam. O abuso dos dispositivos eletrônicos pode torná-los pessoas fechadas e que descuidem das relações sociais

De acordo com dados estatísticos 70% das crianças de 12 anos já possuem um celular, e quase 90% delas tem acesso desde idades bem precoces aos dispositivos eletrônicos que seus pais usam.

Fica claro que vivemos em uma sociedade digitalizada onde a internet, os celulares, tablets e computadores são uma boa ferramenta de trabalho, de conhecimento e de conexão com outras pessoas.

Agora veja bem, toda mãe e todo pai sabe a fascinação que estes instrumentos despertam nas crianças desde muito cedo.

Por isso é comum os presentear com muitos destes dispositivos que, de alguma forma, começam a determinar o modo com o qual irão interagir com o mundo e com nós mesmos.

É necessário, então, estabelecer um equilíbrio, e lembrar sempre que o melhor presente que podemos oferecer a uma criança é nosso tempo. 

As crianças devem crescer em harmonia com tudo que o mundo pode oferecer


Não se trata de restringir, nem de censurar determinadas coisas como fez, por exemplo, Steve Jobs com seus filhos ao proibir que tivessem contato com celulares, computadores ou tablets.

Em certas ocasiões, “o ato” de proibir gera nas crianças mais curiosidade, mais necessidade. Logo, o essencial é permiti-los crescer em harmonia conhecendo tudo o que mundo pode oferecer.



E o que a sociedade e seus contextos mais próximos podem oferecer?


Cultura

Faça com que seus filhos tenham ao alcance das mãos livros para consultar, para ver, tocar, para cheirar. Façam com que sejam autênticos companheiros cotidianos.

Sirva de modelo

Faça com que seus filhos se acostumem a vê-lo ler livros físicos. Não faça uso exclusivo dos dispositivos eletrônicos.

Estabeleça horários para cada atividade

Procure fazer com o computador ou o videogame não sejam algo habitual. Basta poucas horas por semana.

O mundo não passa pela tela de um computador

É preciso que os pequenos saiam para brincar, que desfrutem de seus amigos, que experimentem o que é cair e se levantar, correr pelo campo, brincar com um animal…

Qual a melhor idade para comprar um celular para a criança?

Se em algum momento você se fez esta mesma pergunta, é porque possivelmente seus filhos estão o pressionando. Mas, antes de dar o passo, é importante refletir sobre estes fatores.
  • O fato de comprar um celular requer desembolso econômico que cada família terá de refletir se é necessário, e se a criança é o bastante madura e responsável para fazer uso dele.
  • Antes de adquirir estes dispositivos eduque a criança com relação ao uso destes.
  • A idade no qual podemos presentar nossos filhos com um telefone dependerá se a criança compreender a responsabilidade que isso requer e os riscos implícitos com o uso, por exemplo, das redes sociais.

O ideal é que, chegada a adolescência, as crianças possam fazer uso destes dispositivos nas zonas comuns da casa, sempre sob controle dos pais para gerenciar o uso dos perfis e a informação que publicam.

A educação de uma criança começa desde o primeiro dia em que ela chega ao mundo: as rotinas que mostramos, o tipo de criação, de afeto e o tipo de disciplina determinarão, sem dúvidas, o vínculo que tenhamos com eles.Presenteie-os com seu tempo antes dos dispositivos eletrônicos

O uso de celulares e computadores dentro dos quartos e de porta fechada pode gerar muitos problemas com a chegada da adolescência.

Corremos o risco de ter filhos fechados que entendem o mundo somente através de suas telas, e que irão perder a capacidade de se comunicar conosco.

Presenteie-os com seu tempo desde cedo.

Mesmo que com nossas responsabilidades profissionais nem sempre possamos conciliar a vida profissional com a familiar, vale a pena saber os seguintes fatores:
O tempo que compartilhamos com nossos filhos deve ser sempre de qualidade. Desconecte-se dos celulares e saia para passear com eles, escute suas inquietudes e preocupações sem julgar, sem punir. Faça uso do reforço positivo.
Facilite o contato de seu filho com a sociedade, mostre os esportes para que ele escolha, ofereça novas atividades para descobrir: o desenho, a música, a dança…
Uma criança envolvida com múltiplos estímulos é uma criança mais interessada pela realidade do que pela internet.
As novas tecnologias são excelentes ferramentas para aprender e descobrir, mas não devem ocupar 100% de seu tempo, nem sequer 50%.

Torne-se um modelo cotidiano na vida de seus filhos e mostre a beleza das relações humanas cara a cara, os esportes, o prazer da leitura, de se permitir ser livre dos celulares durante horas para desfrutar o aqui e o agora.

Fonte: http://melhorcomsaude.com/

domingo, 10 de julho de 2016

TUDO VAI PASSAR ❤️❤️

Eles vão crescer e dispensar nosso colo. 
Vai chegar a fase em que os amigos serão mais importantes que os pais. 
Que nossas demonstrações de afeto serão consideradas um grande mico. 
Que em vez de torcemos para que eles durmam, torceremos pra que cheguem logo em casa. 
Que não se interessarão pelos velhos brinquedos. 
Que o alvoroço na hora do almoço, dará lugar a calmaria. 
Que os programas em família serão menos atrativos que o churrasco com a turma. 
Que dirão coisas tão maduras que nosso coração irá se apertar. Que começaremos a rezar com muito mais freqüência. 
Que morreremos de saudade de nossos bebês crescidos.

Por isso, viva o agora. Releve as birras. Conte até 10. Faça cócegas. Conte histórias. Dê abraços de urso. Deite ao lado deles na cama. Abrace-os quando tiverem medo. Beije os machucados. Solte pipa. Brinque de boneca. Faça gols. Comemorem. Divirtam-se. Acorde cedo aos domingos pra aproveitar mais o dia. Rezem juntos. Estimule-os a cultivar amizades. Faça bolos. Carregue-os no colo.

Faça com que saibam o quanto são amados. 
Passem o máximo de tempo juntos.

Assim quando eles decidirem partir para seus próprios vôos, você ainda terá tudo isso guardado no coração.

Cinthia Moralles