sábado, 30 de abril de 2016

A emocionante amizade entre uma menina amputada e sua gatinha adotada de 3 patas

A amizade é um bem tão valioso que é capaz de fazer com que a gente supere os momentos mais difíceis da vida. A garotinha Scarlette Tipton, de 2 anos de idade, tem um dos braços amputados e arrumou uma amiga inseparável que compartilha com ela a mesma característica: uma gata com menos uma pata.

Quando tinha apenas 10 meses, a menina teve câncer e precisou remover o membro do corpo. Já a gata dormia debaixo de um carro quando, por um acidente, perdeu a pata direita. Vivendo na Califórnia, EUA, a família então foi até um abrigo em busca do mascote que havia visto na TV e assim encontrou a parceria perfeita para Scarlette.

Desde o Natal de 2015, a dupla tem compartilhado bons momentos e criado laços. A mãe da garota, Simone Tipton, disse que queria achar uma companheira para a filha e que ela reconhece os esforços da gata para conviver com sua deficiência. Juntas, elas têm dois braços para se ajudar, muito mais fortes do que qualquer outro.











Fonte: Todas as fotos © Smiles for Scarlette e http://www.hypeness.com.br/

sexta-feira, 29 de abril de 2016

FAZER PSICOLOGIA PARA TRABALHAR COM CRIANÇAS

A CRIAÇÃO DO CONCEITO DE INFÂNCIA

Antes de começarmos, gostaria de indicar um livro fantástico sobre o conceito de infância chamado História Social da Criança e da Família, de Philippe Ariès. Como, na nossa cultura, nós aprendemos desde sempre que uma criança é uma criança, que existe infância, acabamos não percebendo que esta noção é uma construção cultural. Outras culturas – e sociedades antigas – pensavam que as crianças eram como pequenos adultos. Este era um dos motivos, por exemplo, para que as crianças trabalhassem desde cedo, com 4, 5 anos. Fica aqui a indicação do livro para quem quiser se aprofundar neste fascinante tema.

De toda forma, para nós, parece haver uma demarcação clara no desenvolvimento físico e psíquico de um indivíduo desde o nascimento até a puberdade – quando começa a adolescência. Mas esta “clara” demarcação, conforme explicada por Ariès, foi sendo elaborada ao longo dos últimos cinco séculos, com o conceito de indivíduo, com a construção da escola, com a industrialização, com a divisão das casas em quartos, etc.

Para os nossos propósitos deste texto, é suficiente fazer esta demarcação do nascimento até a puberdade como definição do período da infância.

FAZER PSICOLOGIA PARA TRABALHAR COM CRIANÇAS

Portanto, se falamos de psicologia da infância ou psicologia infantil estaremos nos referindo aos profissionais que estudam este período ou trabalham com indivíduos que estão dentro desta faixa etária. E, neste caso, existem 4 áreas principais:

1) PSICOLOGIA CLÍNICA

O psicólogo clínico é aquele profissional que trabalha em consultório, clínica ou organização, individualmente ou em grupo. As demandas de atendimento são muito variadas e, como se trata de crianças que nem sabem o que é a psicologia, o problema será percebido pelos pais ou responsáveis. É comum que o psicólogo atenda também estes para fazer a avaliação e faça sessões com as crianças intercaladas com os responsáveis para saber como está o andamento do caso.

2) PSICOLOGIA DA FAMÍLIA

Muitos dos problemas ou dificuldades das crianças advém da sua inserção em um meio ambiente, em uma família ou grupo social. Embora alguns transtornos sejam atribuídos mais à causas genéticas, fica bastante evidente que o ambiente também influencia e mantém certos comportamentos disfuncionais.

Um exemplo simples, uma criança obesa – ainda que tenha uma propensão genética – é quase que certamente obesa devido ao seu ambiente que proporciona uma alimentação desregrada e insalubre.

O psicólogo que trabalha com famílias atende não só a criança, mas os outros membros que fazem parte do núcleo familiar. Uma das opções de especialização é a psicologia familiar sistêmica.

3) PSICOLOGIA E PSICOPATOLOGIA

Outra possibilidade para trabalhar com crianças é se tornar especialista em um único transtorno mental, como, por exemplo, o autismo. Na medida em que conhecer tudo de tudo se torna inviável, o profissional pode optar por ser um super especialista em um tipo de doença mental e estudar e/ou trabalhar somente com a sua área de domínio.

4) PSICOLOGIA ESCOLAR (E PSICOPEDAGOGIA)

Uma boa parte da demanda que chega ao consultório consiste em dificuldades de aprendizagem ou problemas relacionados à escola. Razão pela qual uma outra área é a psicologia escolar (ou educacional) e a psicopedagogia.

O trabalho pode ser feito em consultório particular ou no próprio ambiente educacional, como creches ou escolas.

O ESTUDO ACADÊMICO DA INFÂNCIA

Quando recebo emails de pessoas interessadas em trabalhar com crianças, fazendo psicologia, entendo que a ideia inicial é atuar diretamente. Mas uma outra opção é trabalhar dentro do ambiente acadêmico com pesquisas científicas sobre a infância.

Quase que todas as abordagens e disciplinas da psicologia tornam-se opções. Existe a psicologia do desenvolvimento, a psicanálise de Freud (que analisou também o desenvolvimento infantil), a psicologia da educação e a sua relação com a pedagogia, a psicologia jurídica que envolve questões de mediação, guarda, abusos, etc.

Nesta quinta opção, o trabalho é menos prático e mais teórico. Pesquisas podem ser realizadas em laboratórios dentro das universidades ou em campo. O objetivo é produzir conhecimento para que outros profissionais tenham mais habilidades e condições de atuação.



CONCLUSÃO

A psicologia, como ciência e como profissão, possibilita para o recém-formado muitas áreas de atuação. No que tange à psicologia que centra-se no período da infância, as opções também são variadas. As principais são: a psicologia clínica, a psicologia da família, a psicologia escolar e a psicopedagogia e a psicopatologia (a escolha de tratar e estudar um transtorno específico); bem como há a possibilidade de estudar academicamente cada uma destas.

Depois de ter o diploma de graduação, o profissional já poderá começar a atuar em qualquer uma destas áreas. E isso responde a uma pergunta que recebo, se é preciso se especializar para atuar. A resposta é: não. Porém, uma pós-graduação de especialização, um mestrado ou um doutorado ajudam a ter mais conhecimentos, a ter uma rede maior de contatos, e a aperfeiçoar as habilidades de atuação. Portanto, embora não seja uma exigência, mais anos de estudo são sempre bem vindos.

Fonte: Professor Felipe de Souza 

quinta-feira, 28 de abril de 2016

Psicoterapia infantil: como funciona e quem deve fazer?




Durante a infância, as crianças deparam-se com um universo novo, que deve ser explorado e descoberto. Neste período da vida, elas vivenciam transformações e experiências até então desconhecidas. Alterações hormonais, mentais e corporais apresentam-se como uma novidade, além das situações externas, que exigem cada vez mais dos pequenos e também dos adolescentes.

Tirar notas boas na escola, praticar esportes, falar um segundo idioma e dominar a informática. A lista de afazeres e obrigações é grande, resultando em uma pressão desmedida e, às vezes, insuportável para as crianças.

Conseguir corresponder às expectativas dos pais, professores, colegas e familiares torna-se então um pesadelo para a garotada, que não consegue expressar os sentimentos e frustrações por palavras. É neste contexto que entra a psicoterapia infantil, que será detalhada no post de hoje. Confira!

O que é a psicoterapia infantil?
Como funciona a psicoterapia infantil?
Para entender e identificar os problemas das crianças, os psicoterapeutas adotam alternativas lúdicas, como brincadeiras, desenhos e jogos. As atividades desenvolvidas são baseadas na idade. Esta metodologia possibilita conhecer mais profundamente a criança, incluindo suas aflições, comportamentos e sentimentos. Como já dito, a participação dos pais neste processo é essencial, pois somente assim eles terão conhecimento sobre as adversidades do filho.

Quais os benefícios?Vertente da psicologia, a psicoterapia infantil tem a finalidade de melhorar a qualidade de vida da criança, proporcionando uma infância feliz e saudável. A psicoterapia ajuda a identificar os seus medos, receios e insatisfações, através de um trabalho com as dificuldades pessoais dos pequenos.

A psicoterapia infantil também pode ser destinada aos pais ou responsáveis, que precisam de uma orientação de como agir e lidar com acontecimentos que envolvem as crianças. O intuito permanece sendo o bem-estar familiar, a prevenção e solução de problemas.

Como é possível descobrir que a criança precisa de tratamento?
Diferentemente do adulto, que consegue compreender o que está acontecendo e o motivo de determinadas ações, as crianças utilizam outros métodos de comunicação para demonstrar sua angústia. Ter um comportamento totalmente agressivo ou criar hábitos estranhos como dormir de luz acesa ou fazer xixi na cama com frequência, por exemplo, são demonstrativos de que algo está errado.

Falta de concentração, problemas de aprendizado e de interação social, distúrbios físicos, adoecer com frequência e compulsão por comida também são sinais de que a criança precisa de ajuda especializada.

São vários os aspectos positivos, sobretudo, a superação dos sentimentos e sensações que incomodam a criança. O tratamento resolve os conflitos internos e externos que provocavam uma perturbação emocional ou física, promovendo assim o alívio dos sintomas, além de ajudar no desenvolvimento dos pequenos e também dos jovens. A psicoterapia infantil ajuda a criança a se redescobrir, orientando-a trilhar um caminho próprio e independente, sem importar com julgamentos ou rótulos.

A psicoterapia infantil, que é recomendada durante a infância ou adolescência, é a alternativa ideal para garantir uma vida equilibrada, eliminando ou, pelo menos, amenizando as pressões do cotidiano, o que resulta em adultos mais seguros e satisfeitos. Com o tratamento, a criança ainda percebe a importância de viver o momento presente.

Para ajudar a identificar se os pequenos ou adolescentes necessitam da psicoterapia infantil, os pais podem recorrer ao aconselhamento psicológico, que é fornecido também por atendimento online. Esta alternativa possibilita uma orientação específica sobre assuntos relacionados às crianças. E lembre-se: somente um profissional da área tem permissão para avaliar se a criança precisa de algum tratamento.

quarta-feira, 27 de abril de 2016

Bater em crianças é mais comum do que se imagina, diz estudo

Apesar de aumentar a agressividade e prejudicar a saúde da criança a longo prazo, muitos pais ainda insistem em bater nos seus filhos. Um estudo da Universidade de Michigan, nos Estados Unidos, mostrou que quase 30% dos bebês com até 15 meses apanharam dos pais no último mês.
Os cientistas acompanharam 2.788 famílias, que participavam de uma pesquisa sobre nascimentos em áreas urbanas e esão ligadas ao serviço de proteção à criança. Para os pesquisadores, as consultas no pós-parto e as visitas aos bebês em casa foram oportunidades para médicos e familiares conscientizarem os pais sobre melhores formas de colocar limites nos filhos.

Outra pesquisa, dessa vez feita pela Southern Methodist University, surpreendeu o professor de psicologia George Holden. Enquanto conduzia o estudo sobre pais que gritam com os filhos, ele descobriu que, mais do que falar alto, os pais batem nas crianças com frequência.

Para chegar a essa conclusão, o pesquisador distribuiu gravadores para 37 famílias de diferentes classes sociais. A análise das 36 horas de áudio gravadas em seis dias de cada família contabilizou, no total, 41 agressões. Uma mãe que participou do estudo bateu no filho de 3 anos cerca de 10 vezes por ele ter brigado com a irmã mais velha. Outra espancou a filha de 5 anos porque ela não arrumou o quarto.

Em nota, o psicólogo George Holden, que tem mais de cinco livros publicados sobre paternidade e desenvolvimento da criança, afirmou que esperava que essas famílias tivessem ótimos comportamentos já que sabiam que estavam sendo gravadas. Ao baterem nos filhos com tamanha frequência ficou claro que esses pais não consideram a palmada como um comportamento problemático. "As crianças agredidas são mais propensas a ter problemas de comportamento social. Elas também apresentam maior risco de desenvolver transtornos de ansiedade ou depressão e ainda têm mais chances de se envolver em violência doméstica e abuso de crianças quando adultas", diz o professor.

Para a psicóloga Rita Calegari, do Hospital São Camilo (SP), a agressão física não educa e ainda pode atrapalhar o crescimento e desenvolvimento motor da criança. “Uma criança que apanhou por andar até um local perigoso pode não querer mais andar ou ficar em pé”, explica a especialista.

Quando os pais entendem que bater é uma forma de educar os filhos, eles sempre vão trocar o diálogo pela agressão física. E esse comportamento vai levar a uma geração de adultos violentos. "Uma criança que apanha constantemente dos pais pode se tornar agressiva ou totalmente passiva e insegura. Ela pode ser uma pessoa violenta, que não sabe conversar com quem discorda dela, ou incapaz de defender o seu ponto de vista”, diz.

Muitas agressões gravadas para o estudo aconteceram quando os pais estavam estressados. No entanto, é claro que dias difíceis e estressantes não são justificativas para descontar os problemas nas crianças. Pais que agridem mostram que perderam o controle de si mesmo. Por isso, ao criar um filho, paciência deve estar em primeiro lugar.

Para aprender, seu filho precisa entender a relação entre o que fez e a consequência. A punição deve acontecer no mesmo momento, pois as crianças têm uma visão imediatista: ainda não aprenderam a pensar a longo prazo.

Na prática, isso significa que, assim que se o seu filho jogar o brinquedo no chão durante um ataque de birra, o melhor a ser feito é tirar o objeto do seu alcance por alguns minutos. Com o passar do tempo, ele pode ficar sem TV, sem computador e sem outras coisas de que gosta e até o seu olhar sério e quieto vai ser suficiente para fazê-lo entender que aquilo que ele fez não foi legal. Isso, sim, é educar!

Fonte: Revista Crescer


terça-feira, 26 de abril de 2016

Quando uma criança passa por um abandono emocional

Infelizmente, falar de abandono emocional nunca é algo fácil, ainda mais se no fundo do debate está uma criança.

Quando uma criança passa por um abandono emocional o que ela realmente tem é uma falta imensa de resposta às suas necessidades emocionais, que pode lhe trazer, em casos extremos, um grande déficit a nível psicológico e, consequentemente, afetar também a saúde física.

O abandono é definido, no seu primeiro sentido, como aquele ato que implica “deixar, desamparar alguém ou alguma coisa”. No momento em que a criança sofre abandono emocional, o que ela experimenta é uma sensação de desamparo que os pais procuram suprir cobrindo as suas necessidades, muitas vezes materiais.


O afeto é vital para o desenvolvimento emocional de uma criança


Na etapa de crescimento de uma criança é importante que ela sinta que tem pais que se preocupam com as suas necessidades. O que acontece é que muitas vezes eles se concentram tanto nesta parte que descuidam da parte mais emocional. É verdade que uma criança está rodeada de objetos materiais como roupas, brinquedos, coisas para o seu cuidado… mas uma criança também demanda demonstrações de amor, como um abraço ou uma conversa sobre o seu humor.


Existem algumas circunstâncias que favorecem a origem deste problema, pois muitas vezes o abandono emocional pode vir, por exemplo, pela falta de tempo dos pais. Os pais, às vezes, se veem obrigados a trabalhar em horários que, inevitavelmente, não lhes permitem estar com seus filhos como gostariam: a impossibilidade de fortalecer os vínculos emocionais às vezes leva a pensar que o carinho pode ser oferecido por outras vias.

Contudo, o afeto é vital para o desenvolvimento emocional de uma criança, para que ela cresça de forma feliz e psicologicamente saudável: segundo alguns especialistas, a criança deveria receber suficiente segurança e aprovação para fazê-la sentir-se parte da família à qual pertence. Do contrário, o dano emocional causado na criança pode ser irreversível.


Algumas consequências do abandono emocional de uma criança


As consequências que podem surgir do abandono emocional costumam ser maiores no caso de uma criança. De fato, a experiência faz com que o dano psicológico e afetivo que ela recebe marque de uma forma negativa o resto da sua vida. Vejamos algumas destas possíveis consequências a seguir:
  • Dificuldades na escola: este é o segundo habitat no qual a criança cresce, de modo que se o seu emocional não for o adequado fora desse ambiente, também não o será ali. Todas as repercussões negativas poderão ser refletidas nas suas atividades na escola, e no seu dia a dia com o estudo e com os relacionamentos com outras crianças.
  • Transtornos de alimentação: normalmente nosso emocional influencia diretamente os nossos hábitos alimentares. O abandono emocional pode impactar diretamente a saúde em forma de transtornos desta índole, que poderão precisar de terapia psicológica.
  • Problemas de autoestima: talvez este seja um dos pontos mais fortes a considerar. Embora seja verdade que não é sempre assim, a autoestima de uma criança que sofre de abandono emocional tende a diminuir progressivamente. Isto, além do mais, pode repercutir no desenvolvimento da sua personalidade, podendo se exteriorizar como codependência, violência ou, inclusive, depressões posteriores.
  • Depressões e ansiedade: o dano emocional criado pode ser bastante severo para a etapa adulta de uma criança. A falta de segurança ou confiança em si mesma pode levá-la a sofrer depressões e estados de ansiedade que dificultem a sua vida diária e os relacionamentos interpessoais que possa ter.
  • Reflexo familiar negativo: quando o abandono emocional impactou negativamente uma criança, a probabilidade dessa falta de afeto influenciar seu futuro familiar próprio é maior. Muitas vezes, os pais que não se preocupam com a saúde emocional dos seus filhos são assim porque nunca receberam esta preocupação dos seus pais.

Qualquer criança pode sofrer abandono emocional na sua vida. Diante de qualquer indício de abandono emocional, é aconselhável tratá-la com um especialista que possa ajudá-la a redirecionar a situação e a solucionar as carências afetivas.

Fonte: http://amenteemaravilhosa.com.br/

segunda-feira, 25 de abril de 2016

10 maneiras de estimular o hábito da leitura nas crianças


1. Leia para o seu filho desde bebê – e junto com ele depois!

2. Escolha os livros preferidos dele (e os que você mais gosta) ou procure ideias por temas. Pode ser uma seleção com contos de fadas, de dar medo, com animais...

3. Permita que a criança manuseie livros. Se forem pequenos, eles vão amar os livros-brinquedos.

4. Monte uma estante de livros no quarto do seu filho. É importante que eles estejam sempre ao alcance das crianças – isso vai aproximá-los.

5. Converse sobre os livros, mas não explique a história. É preciso que a criança tire suas conclusões, crie, imagine....

6. Invente suas próprias histórias. E permita que seu filho faça o mesmo. Uma dica: você pode começar uma e a criança continua.

7. A história que vocês inventaram também pode se transformar em um roteiro para teatro. Basta montar um palco improvisado, roupas diferentes e está pronto!

8. Leve seu filho para passear em livrarias e permita que escolha os próprios livros.

9. Em um fim de semana qualquer, chame seu filho para arrumar o acervo de livros em casa. E aproveite a arrumação para descobrir aqueles que não eram lidos há tempos.

10. Dê o exemplo, leia e mostre a ele o quanto isso é bacana!

Fonte: Revista Crescer

domingo, 24 de abril de 2016

Porque a criança faz birra? Uma Análise Funcional do Comportamento

É comum que as crianças apresentem comportamentos de birra em algum momento da vida, o que irá destaca-lo é a frequência e intensidade com que ocorrem. São duas medidas importantes, pois analisamos se determinado comportamento possui frequência elevada e se a resposta comportamental tem como característica alta magnitude, isto é, alta intensidade. Nos casos em que a frequência e a intensidade são elevadas, como a Análise do Comportamento pode ajudar?

Para analisar o comportamento de birra, é preciso compreender a função desse comportamento. Vale ressaltar, que a função é variável a cada contexto. Mesmo que a resposta comportamental tenha topografia semelhante, a função pode variar, isto é, mesmo que a criança se comporte da mesma forma ao fazer birra, a função, o porquê, pode ser diferente.

“As consequências do comportamento podem retroagir sobre o organismo. Quando isto acontece, podem alterar a probabilidade de o comportamento ocorrer novamente” (Skinner, 1953). A modificação que o comportamento causa no ambiente, no que se refere a sua consequência, irá aumentar ou diminuir a probabilidade de emissão futura, logo, a possibilidade da criança fazer birra ou não.

O comportamento é multideterminado e para compreender como essas variáveis alteram diretamente a ação, podemos recorrer a Análise Funcional do Comportamento. “Mudanças no comportamento só se dão quando ocorrem mudanças nas contingências. Por isso, a Análise Funcional é fundamental sempre que o objetivo seja o de predição ou controle do comportamento” (Meyer, 1997). Essa análise abrange três fatores principais: O Antecedente, a Resposta e a Consequência.

A Resposta diz respeito ao comportamento do indivíduo, suas ações que podem ser observadas publicamente e também o que é observado pela própria pessoa, isto é, o comportamento privado, como os sentimentos e sensações. Por exemplo, chorou, jogou-se no chão, arremessou objetos. É importante ressaltar que o comportamento é contextualizado e se dá na relação do individuo com o ambiente.

Ao descrever o comportamento (Resposta) é possível analisar sua função, a partir da relação com o ambiente e as mudanças causadas neste. O Antecedente refere-se ao contexto, a situação em que o comportamento ocorreu, como por exemplo, não comprar o brinquedo para a criança. A Consequência é a modificação que o comportamento produzirá no ambiente, o que a criança, após emitir esse comportamento, terá como benefício ou não.

“Dizer que as consequências dos comportamentos chega a afetá-los é o mesmo que dizer que as consequências determinarão, em algum grau, se os comportamentos que as produziram ocorrerão ou não outra vez [..]” (Moreira & Medeiros, 2006). Em determinada situação, os pais não compram um brinquedo (antecedente), a criança faz birra (comportamento) e ganha o brinquedo (consequência). Nesse caso, a consequência do comportamento de birra foi positiva, a criança foi beneficiada por se comportar de tal maneira, dessa forma, torna-se mais provável que essa resposta aumente de frequência.

O controle do comportamento encontra-se no manejo da relação: Antecedente, Resposta e Consequência. Tanto o Antecedente como a Consequência controlam o comportamento. Para manejar o Antecedente os pais podem optar por não ir com a criança a loja. Caso os pais optem por essa opção, a criança perde a oportunidade de desenvolver habilidades para lidar com situações de frustração e/ou diminuem as chances de conseguirem modelar o comportamento da criança, de forma que as respostas adequadas possam ser selecionadas para seu repertório comportamental.

Uma vez que as consequências de um comportamento podem alterar sua probabilidade de ocorrência, se faz necessário entender quais são as possíveis consequências e como elas interferem no comportamento.


“Interpretar um comportamento significa compreender sua função, que pode variar de um indivíduo a outro, entre situações e no tempo. De forma geral, as funções dizem respeito à obtenção de estímulos apetitivos (ou prazerosos) ou á evitação de estímulos aversivos” (Costa & Marinho, 2002)

Pode-se entender as consequências a partir de dois grupos, as que aumentam as chances do comportamento ser emitido e as que diminuem. Se a criança faz birra e ganha o brinquedo, a modificação que produziu no ambiente foi positiva e prazerosa, logo o comportamento foi reforçado. Assim, por efeito de aprendizagem se estabelece uma relação funcional entre a birra e a obtenção do reforço. A função da birra será conquistar o reforço, pois a criança aprende que fazer birra é um comportamento que produz a consequência que ela almeja, no caso, o brinquedo.

Mas porque a birra não deve ser reforçada? Chorar, jogar-se no chão, arremessar objetos, agredir, entre outras ações, não são comportamentos assertivos. É interessante que as crianças aprendam comportamentos positivos para obterem reforço, e ainda, a discriminarem situações em que isto não será possível. Com um repertório comportamental amplo, a criança pode acessar outros reforçadores quando um não está disponível, como brincar de outras formas e ter experiências prazerosas com outros brinquedos que já tem ou mais acessíveis do que o brinquedo X.

Se a criança solicita um brinquedo, sem birra e ganha, aprende que pedir de forma educada produz a consequência pretendida.”[…] diante de uma situação interpessoal na qual respostas passivas ou agressivas produziriam punição ou perda de reforçamento, uma resposta assertiva é aquela que garante a produção, manutenção ou aumento de reforçadores” (Marchezini-Cunha & Tourinho, 2010). Mas o manejo do antecedente pode não ser possível, e mesmo que a criança peça educadamente o brinquedo, em alguma situação, ela pode não ganhar.

Assim, os adultos podem auxiliar as crianças a aceitarem a frustração como algo possível de ocorrer, há expressarem seus sentimentos de frustração de forma positiva e apender a lidar com essas sensações. Uma vez que a situação pode variar é importante que a criança aprenda a lidar com essas sensações de frustração, e ainda, tenha um repertório comportamental amplo que a possibilite acessar outros reforçadores e discriminar que um reforçador especifico pode ser obtido a longo prazo, e não apenas de imediato.

Fonte: http://www.comportese.com/


sábado, 23 de abril de 2016

Antes de adotar, é preciso elaborar o luto pelo filho não gerado

Elaborar esse luto não significa, muitas vezes, enterrar em definitivo o sonho de gestação. Conheço dezenas de histórias de gravidezes improváveis após uma adoção. O importante, porém, é reconhecer que as tentativas frustradas de gravidez implicam luto e elaborá-lo é fundamental para o exercício de outras formas de maternidade.



Adoção: Abrindo novos caminhos para a maternidade e paternidade

A maioria das pessoas- tanto homens quanto mulheres- possui dentro de si o desejo de ter filhos, de poder continuar existindo através de um outro que o represente.

Porém, não necessariamente, isso tem a ver com continuidade genética, já que é possível também se fazer existir por meio de valores e atitudes passados a uma criança com a qual não há laços consanguíneos.

Nem todas as famílias possuem uma configuração na qual há continuidade genética, uma vez que, as relações parentais que se formam nas famílias adotivas são baseadas fundamentalmente em laços de amor que unem seus membros.

A palavra “adoção” significa cuidar, considerar, se apropriar; é também o ato de dar um lar a crianças que não puderam ser criadas por seus pais biológicos; e significa ainda, dar a possibilidade de ter filhos à pessoas que tiveram problemas com a fertilidade ou que optaram por cuidar de crianças sem ter laços biológicos.

No caso de casais com dificuldade de gravidez, nota-se que a adoção surge como uma outra porta que pode ser aberta a caminho da maternidade e paternidade. No entanto, para que essa porta possa se abrir, é necessário que o luto pela perda do filho biológico possa ser vivenciado.

Não há como adotar uma criança, de forma saudável, sem se passar pelo processo de aceitação e elaboração da infertilidade, pois é justamente após esse processo que o casal pode, aos poucos, abrir espaço emocional para a chegada do filho de uma outra forma, diferente da idealizada, mas uma forma possível e não menos satisfatória.

Faz-se relevante destacar também, que o desejo de ajudar uma criança não é suficiente para que a adoção se dê, pois não estamos falando de um ato de amor ao próximo e sim, da constituição de uma família, dentro da qual é necessário que essa criança tenha um lugar de filho, assim como qualquer filho biológico. A criança adotiva precisa se sentir escolhida e desejada por seus pais.

Portanto, a adoção sempre implicará em tomar para si algo que antes era estranho e que, com o tempo, poderá se tornar muito familiar. Coloco para finalizar uma questão: Muitas mulheres não conseguem adotar os próprios filhos, será que são mães?

Fonte: Blog Quero ser Mãe

sexta-feira, 22 de abril de 2016

Escolas ensinam a lidar com as emoções

No fim do ano, escolas não esperam que os alunos tenham aprendido só a fazer contas, interpretar um texto ou saber o nome dos Estados brasileiros.

Colégios particulares e da rede estadual de São Paulo estão adotando estratégias para que desenvolvam habilidades socioemocionais, como cooperação, empatia, senso crítico e curiosidade.

"Essas habilidades estão intimamente ligadas às cognitivas. São elas que potencializam e aprofundam o aprendizado. A escola que decide trabalhar o lado socioemocional precisa mudar a sua estrutura, suas aulas. Porque esse não é um trabalho intuitivo, ele precisa ser planejado", observa Márcia Almirall, orientadora pedagógica do Colégio Santa Maria, na zona sul de São Paulo.

No ano passado, a escola capacitou os professores para que as práticas pedagógicas fossem alteradas em sala de aula. Para os alunos do fundamental 1 (do 1º ao 5º ano), as carteiras foram alteradas para facilitar o trabalho em grupo. Os docentes também são estimulados a darem aula em locais diferentes, como no pátio ou no jardim.

"Em todas as disciplinas é possível desenvolver as habilidades socioemocionais, se nos planejarmos. Então, nas aulas de matemática, todos trabalham em grupos. Em português, fazem rodas de conversa para discutir a disciplina. Em tudo dá para trabalhar, se soubermos estimular os alunos da maneira correta", afirma Márcia.

O ensino socioemocional foi adotado em 2015, de forma experimental, em 17 escolas da rede estadual. Para este ano, o número subiu para 145, todas com período integral e ensino fundamental 1. "Estamos consolidando a ideia de que não é possível fazer um bom trabalho sem focar nessas habilidades (socioemocionais). Com o tempo, esse projeto vai ser ampliado para todas as unidades", diz Ghisleine Trigo, coordenadora de gestão da Educação Básica da Secretaria Estadual de Educação.



Suporte

A ideia ao desenvolver habilidades socioemocionais nas crianças é dar ferramentas para que consigam lidar da melhor forma em situações de conflito e assim reduzir a vulnerabilidade dos estudantes. A escola estadual Professora Irene Ribeiro, na Vila Carrão, zona leste, foi uma das que recebeu o projeto no ano passado. Todos os professores foram capacitados para o novo modelo, aplicado em todas as disciplinas.

Elaine Carapiá, que dá aula para o 3ºano, conta que as mudanças fizeram com que o professor se tornasse uma peça menos central na sala de aula e mais um mediador para que os alunos tivessem mais espaço para tirar dúvidas e aprender com os colegas. As aulas também falam sobre os sentimentos e como lidar com eles.

"Eles vivenciam situações muito difíceis em casa que podem impactar o aprendizado. Outro dia um estudante disse que os pais estavam brigando e jogaram as alianças no lixo. O menino, de 7 anos, começou a cantar e aconselhou os pais a se acalmarem. Ele aprendeu na escola que, quando se está nervoso, é importante respirar e disse isso para os pais em um momento de conflito", relata Elaine.

Em todo início de aula, os alunos se sentam em uma roda para falar como estão se sentindo. Segundo ela, é importante estimular as crianças a se expressarem para ganhar confiança. "Mudamos muita coisa. Não temos mais apenas uma relação entre aluno e professor, mas entre seres humanos."

Preconceito

No colégio Pio XII, na zona oeste, os adolescentes do ensino fundamental 2 (do 6º ao 9º ano) têm uma vez por semana uma aula em que são estimulados a trabalhar com as emoções e a abordar temas em que podem ter preconceitos. A disciplina utiliza dinâmicas em grupo e exercícios em que a turma conta histórias ou assiste a filmes sobre temas como a morte ou as drogas.

"Percebemos que, quando eles entendem o que sentem nas mais diversas situações, se tornam mais tolerantes, prestativos, têm mais empatia com os colegas", afirma a psicóloga e professora Patricia Prado.

Para ela, como as crianças passam a maior parte do tempo no colégio e desenvolvem as primeiras relações sociais no ambiente escolar, é responsabilidade dos colégios não só transmitir conhecimento, mas também valores morais e éticos. "Além disso, um aluno que possa ter problemas em casa ou em se relacionar com os colegas, e não sabe como lidar com essas situações, vai ter queda no rendimento escolar."

No colégio Eduque, na zona sul da capital, estudantes do ensino fundamental 1 também contam com aulas voltadas para essas habilidades, uma vez por semana. Com livros e histórias, os professores desencadeiam discussões sobre as emoções.

"Com repertórios leves e lúdicos, ensinamos a entender o que é sentir raiva, tristeza, solidão, felicidade. Com esse conhecimento, eles se tornam mais respeitosos e compreensivos com os colegas", observa a coordenadora pedagógica Lucelena Martins de Souza.

Ao abordar esses temas, Lucelena considera que os docentes abrem um canal de confiança e diálogo com os alunos. "Quando eles têm um problema, sabem que podem contar para nós, que vamos ajudar. Assim, ninguém fica excluído ou sem a atenção devida."

Fonte: O Estado de S. Paulo.

quinta-feira, 21 de abril de 2016

Gritar com crianças é tão ruim quanto bater nelas

A maioria de nós já leu pesquisas sobre bater e dar palmadas nas crianças – estes comportamentos não possuem efeitos positivos para a disciplina e, de fato, são negativos para o desenvolvimento dos pequenos.

Mas, se você costuma gritar (fazendo isso para substituir as palmadas), precisa saber que isso também não é bom e que, portando, vai precisar repensar os conceitos.

Novas pesquisas têm mostrado que o grito é ineficiente e perigoso para a saúde mental das crianças e para seu comportamento relacionado à disciplina. Um estudo recente realizado pela Universidade de Pittsburgo da faculdade de Educação e pelo Instituto de pesquisa da Universidade de Michigan mostrou que, entre os adolescentes entre 13 e 14 anos com pais que costumam gritar existe uma taxa maior de mau comportamento e maiores casos com sintomas de depressão.

Os pesquisadores apontam que estes efeitos nos adolescentes são, na maioria das vezes, bastante similares àqueles causados por pais que batem nos filhos. Mesmo nos casos em que havia um forte vínculo entre pais e filhos, os impactos negativos de gritar diminuíram.

Se você tende a gritar com seus filhos, os estudos sugerem que você tente conversar com eles num mesmo nível de voz e, calmamente, apresente suas preocupações e esclareça as coisas em termos claros e apropriados para a idade da criança. Comunicar de uma maneira não-ameaçadora é muito mais efetivo para “cortar pela raiz” os problemas de comportamento do seu filho sem causar danos às relações.

Não queremos dizer que é fácil controlar o temperamento (nosso e o deles!) e manter nossas vozes em tom baixo, mas este estudo mostra que certamente vale a pena um esforço extra ao tentar. Vamos respirar fundo!

Fonte: http://www.paisefilhos.com.br/

quarta-feira, 20 de abril de 2016

Birra: quando é hora de procurar um profissional

Dificilmente, um pai ou mãe vai passar incólume a um ataque de birra do filho. Mas quando isso deixa de ser apenas uma fase e merece intervenção de um especialista?



Você relataria ao pediatra os problemas de comportamento do seu filho? Uma pesquisa da Universidade de Michigan (EUA), com pais de crianças de 5 a 17 anos, mostrou que cerca de metade deles acredita que não se trata de questões médicas. No entanto, de acordo com o neurologista Marco Antônio Arruda, do Instituto Glia (SP), quando os episódios fogem do controle podem configurar manifestações de um transtorno mental, como TDAH, autismo ou bipolaridade. A seguir, o especialista enumera as situações que requerem avaliação profissional.

* Quando os ataques de birra se iniciam precocemente (antes dos 2 anos), ocorrem com frequência (de duas a três vezes por semana) e duram mais de 30 minutos.

* Se a criança agride a si ou aos outros seriamente.

* Se o episódio leva à perda de fôlego, a ponto de a criança ficar pálida e até inconsciente.

* Caso ocorra numa criança com atraso escolar ou de desenvolvimento, por exemplo.

* Quando o comportamento persiste frequentemente após os 4 anos.

Fonte:http://revistacrescer.globo.com/ 

terça-feira, 19 de abril de 2016

Eduque as crianças em felicidade, não em perfeição

São muitos os pais que chegam a confundir educação com exigência, com perfeição. Criar um filho não se baseia somente em escolher a melhor escola, em fazer com que ele aprenda três idiomas e tenha sempre uma aparência ideal como se fosse um boneco.

Algo que muitos estudos nos mostram é que os pais altamente exigentes acabam produzindo graves carências na vida de seus filhos. O mais provável é que eles cheguem à maturidade pensando que não são bons o bastante, que não conseguiram cumprir as expectativas de seus progenitores.

Todas estas ideias poderiam ser resumidas em uma simples relação: se educarmos filhos perfeitos, teremos crianças tristes. Respeite as suas particularidades, escute a sua voz e preocupe-se somente em oferecer felicidade.

É assim que alimentaremos seus corações para que se transformem em adultos livres com vidas plenas. Convidamos a todos a refletir sobre isso neste texto.

A síndrome dos pais exigentes: o perigo de educar pedindo a perfeição

Existe uma história curiosa que pode nos ilustrar esta ideia perfeitamente: em Roma, na Itália, existe uma tumba do ano 94 a.C. que sempre chama a atenção dos turistas. Na lápide é possível ler o seguinte: “Aqui jaz Quintus Sulpicius Maximus, um jovem romano que viveu apenas 11 anos, cinco meses e 12 dias. Ele faleceu dias depois de participar de uma competição de poesia para adultos”.

Sabe-se que o pequeno Quintus tinha um talento especial. Era o que nos dias de hoje seria classificado como um menino superdotado. Tanto era assim que seus pais o levavam a todas as competições de poesia, literatura e arte de Roma para competir com adultos.

Diz-se que o menino morreu de um colapso por trabalhar tanto e sofrer por não conseguir atingir as altas expectativas que seus pais tinham em relação a ele. Esta história costuma servir para muitos pedagogos, que a utilizam para exemplificar o termo “síndrome dos pais exigentes”.



A obsessão por ter filhos perfeitos na atualidade

  • Muitos pais sonham ter filhos bonitos, magros, competentes em muitas disciplinas para poder assim atingir o êxito profissional no futuro.
  • O erro de tudo isso está, sem dúvida, em orientar os pequenos “ao futuro”, esquecendo que o importante para as crianças é o aqui e o agora: a felicidade deste mesmo instante.
  • Como pais e mães, desejamos o melhor para os nossos filhos, mas para tudo é preciso manter um equilíbrio adequado. As crianças precisam aproveitar a sua infância.
  • É necessário educar o coração das crianças, devemos guiá-los, sugerir coisas a eles, mas não segurar suas rédeas e dar direções apenas de acordo com nossos próprios desejos.

Chaves para suavizar o perfeccionismo na educação

O mais importante é evitar o perfeccionismo daninho, que veta os direitos da infância e traz sofrimento e não felicidade. Para fazer isso, devemos levar em conta estes princípios:

Os pais devem cuidar da sua linguagem e atitude
Em algumas ocasiões, pode ocorrer o seguinte: há pais que, sem serem exigentes com seus filhos, veem como as próprias crianças exigem de si mesmas de uma forma muito traumática.

Isso se deve ao fato de que, em seu lar, as crianças estão sempre atentas a nossas atitudes e nossa linguagem. Se nós mesmos somos críticos com nosso entorno e definimos para nós diretrizes e regras muito rígidas, as crianças também podem assumi-las para si mesmas.

Palavras como “Eu cometi um erro gravíssimo no trabalho, vou me matar, isso é um desastre” podem causar um grave impacto em uma criança.

Cuidado com as expectativas que você projeta em seus filhos

Daremos um exemplo: seu filho chega muito feliz porque conseguiu tirar uma nota incrível em matemática. Você, em vez de compartilhar a sua alegria, indica que, na próxima, espera algo ainda melhor.

Isso não é o comportamento adequado: faça com que seus filhos apreciem as suas conquistas, que conheçam o valor do esforço, mas sem a necessidade de se sentirem humilhados se não conseguirem algo.

Permita que triunfe, mas também que falhe
  • Um erro ou um fracasso não é o fim do mundo, mas sim um modo de aprender e poder se superar. Permita que seus filhos se destaquem naquilo que desejarem, mas deixe que também errem por si mesmos.
  • Fomente a tolerância, a compreensão, uma boa autoestima e a confiança. Uma criança que confia em você para explicar suas dúvidas e seus erros a ela é uma criança que se permite conectar com você, e isso é um privilégio.

Para concluir, sabemos que vivemos em uma época de crise social e que precisamos de crianças bem preparadas para que, no dia de amanhã, possam ter mais oportunidades e, por que não, criar um mundo melhor.

No entanto, isso não implica que devamos deixar de lado o valor de inculcar felicidade, inteligência emocional. Somente assim iremos permitir que, no futuro, eles sejam adultos capazes de dar o melhor a si mesmos.

É um projeto vital pelo qual todos, pais, mães, educadores e até instituições sociais somos responsáveis: é preciso educar em alegria, não em perfeição.

Fonte indicada: Melhor com Saúde



segunda-feira, 18 de abril de 2016

6 sinais de mau comportamento perigosos que jamais os pais podem ignorar

A revista Pais e Filhos reuniu algumas situações enfrentadas por qualquer pai e mãe, principalmente, de filhos pequenos que estão aprendendo a testar seus limites e capacidade de realizar certas atividades. Fique atenta, alguns desvios de conduta podem ser nocivos se você não intervir enquanto é tempo de mudar.
Perceba 6 sinais claros de problema de comportamento, e sugestões para solucioná-los através de diálogo:
1.  Fingir que não ouve
Ter de repetir várias vezes a mensagem ou pedido ao seu filho passa a mensagem de que está tudo bem se ele ignorar você. Em vez de chamar a atenção de longe, vá até ele, olhe nos olhos e diga o que precisa. Fale somente quando ele estiver olhando para você e espere até que responda. Pegar na mão, e desligar a TV também ajudam a conseguir a atenção.

2. Fazer birra
Se você ignora porque pensa que é apenas uma fase, pode ser que mais tarde seu filho tenha problema para reagir às más notícias e frustrações, como a imposição de limites por você, professores, e amigos. Deixe seu filho consciente do próprio comportamento. Sinalize: “quando você faz essa careta, parece que não gosta do que eu estou dizendo”. A ideia não é fazer com que se sinta mal, mas para que perceba como está agindo.

3. Interromper sua fala
Permitir que ele interrompa uma conversa não o ensina a ser atencioso com as pessoas. Como resultado, seu filho vai pensar que sempre tem direito a ter a atenção dos outros, assim que desejar, e não será capaz de lidar com frustrações.

Considere ações violentas mais sutis, como empurrar o irmão ou tirar algo da mão de um amigo. Se você não intervir, comportamentos ásperos podem se tornar um hábito. Além disso, a mensagem que fica é que ferir pessoas é aceitável e fácil. Antes do próximo encontro com amigos, ajude a lembrá-lo de que não deve ser agressivo e como deve agir quando ficar irritado.
5. “Inventar” verdades
É bastante importante confrontar qualquer tipo de atitude que não seja honesta, desde que não seja num momento fantasioso de brincadeira, claro. Mentir pode se tornar uma atitude automática, se a criança aprende que é um jeito fácil de parecer mais legal, evitar fazer algo que não quer fazer ou evitar problemas por alguma coisa que já fez. Procure descobrir qual é a motivação para sua mentira e se certifique de que ele cumpra o que fingiu ter feito.

6. Ser independente demais
É preciso deixar muito esclarecido que algumas atividades não são recomendadas para crianças da idade dele, que é preciso ser maior, mais adulto, para conseguir e poder executá-las com segurança. Estabeleça um pequeno número de regras da casa e fale sobre elas com frequência.

Fonte: http://www.bolsademulher.com/

domingo, 17 de abril de 2016

Choro: entenda as razões para o seu filho abrir o berreiro em cada fase

Depois do primeiro aniversário, a tendência é seu pequeno trocar as lágrimas por palavras. Ainda assim, choros são freqüentes e as causas, variadas. Chorar faz parte do crescimento emocional e funciona como um desbloqueio sentimental. Entenda as razões para a criança abrir o berreiro em cada fase. Mas não esqueça que, agora, ela já sabe fazer manha e é você quem vai dar o limite.

De 1 a 2 anos
Nesta fase, a criança ainda usa fraldas, os dentes estão nascendo e, muitas vezes, ela não quer dormir. As causas da maioria dos choros deixam de ser fisiológicas e se tornam psicológicas. Apesar de estar aprendendo a falar, ela só consegue expressar os sentimentos com lágrimas. Isso ocorre porque ela ainda não tem maturidade emocional, portanto lida mal com raiva, angústias e frustrações. Sente-se o centro do universo e acha que pode qualquer coisa. Este período é conhecido por mudanças repentinas de humor, egoísmo acentuado e crises de birra, fazendo com que seu filho protagonize cenas clássicas como se jogar no chão para ganhar um brinquedo.

O que fazer:
- Na hora da birra, seu filho não vai escutar suas razões para negar o objeto de desejo dele. O melhor é distraí-lo, mudando o foco para outro brinquedo ou convidando-o para um sorvete.

- Se precisar ficar longe por alguns dias, grave sua narração das histórias favoritas dele. Ouvir sua voz vai acalmá-lo.

- Quando a criança fizer algo errado, explique com uma frase simples por que o comportamento dela é inaceitável. Por exemplo, se ela pega um enfeite da mesa, não grite “não” – o que levará o pequeno às lagrimas. Diga que o objeto pode quebrar e machucá-lo, portanto ele não pode mexer.

Ele já entende o que é certo e errado, portanto você pode e deve explicar os limites. Por exemplo, se ele quiser um carrinho de controle remoto que custa uma fortuna, diga que ele pode colocar na lista do Papai Noel ou esperar até o aniversário.

De 3 a 5 anos
Ele já está na escola, tem maior autonomia e entende melhor os limites. Começa a se relacionar com indivíduos de fora do círculo familiar, como a professora e os colegas de classe. Nesta fase, tende a aprender a se defender sozinho e a não controlar os acessos de raiva. É guiado pelo pensamento mágico. Se a mãe o deixa no colégio, pode entender que foi abandonado por ela. Se os pais discutem, tende a achar que a culpa é dele. Seu filho já tem consciência de conflitos e injustiças, portanto é bom explicar com clareza o que acontece ao seu redor. Ele vai expressar a própria personalidade nesta fase, porém não está pronto para ouvir “não”. Choros falsos, com as famosas “lágrimas de crocodilo”, são freqüentes e servem para manipular os pais.

O que fazer:
- Ele chora quando precisa se separar de você, seja para ir à escola ou na hora em que você sai para trabalhar? Não prolongue a despedida. Dê um beijo, um abraço e despeça-se com alegria. Seja firme, não olhe para trás nem volte para ver como seu filho está.

- Use objetos de transição em situações novas para a criança. Se for colocá-la na escola ou deixá-la por um tempo na casa de um parente, incentive-a a levar o urso de pelúcia favorito. Isso lhe dará segurança.

- Se ele sempre chora pelo mesmo motivo e você não consegue convencê-lo de que está errado, experimente inventar uma história com personagens fictícios que vivem a mesma situação. Seu filho pode entrar no conto, se identificar com o protagonista e entender o comportamento que deve ter.

De 6 a 10 anos
Seu filho está desenvolvendo o pensamento lógico e gosta de se comportar como adulto. Até o choro tem causas parecidas com as dos pais: conflito, aborrecimento etc. Ele fala e entende as próprias emoções, por isso chora menos e com objetividade, ou seja, por causa de uma dor física ou emocional. A birra, nesta fase, apresenta lágrimas acompanhadas de agressividade.

O que fazer:
- Na crise de choro, aproxime-se do seu filho e faça contato olho no olho. Fale com firmeza. Dependendo da situação, abrace-o. Se for birra, explique os motivos, pois ele já é maduro para entender.
- Jamais diga que ele está grande demais para chorar. É melhor deixá-lo expressar as emoções em vez de, literalmente, engoli-las.

As três regras-chave

1 Incentive-o a falar dos sentimentos. Faça isso verbalizando as próprias experiências e perguntando como ele se sentiu perante momentos diversos.

2 Não desvalorize o choro da criança. É importante que ela saiba que você entende os motivos, ainda que não concorde.

3 Estimule os comportamentos que gosta, como quando seu filho divide o brinquedo com o amigo, e ignore os que não aprova, como choramingos.

Fonte: http://revistacrescer.globo.com/

sábado, 16 de abril de 2016

Crianças Mandonas: a Síndrome do Imperador

Talvez você conheça uma criança desse jeito: ela escolhe o que comer, o destino das férias, o programa de tv, o horário para dormir, o programa do final de semana e assim por diante. Ameaçadora, assalta psicologicamente seus pais e demonstra pouca capacidade de se colocar no lugar do outro, sentir compaixão ou culpa. É aquela criança que transforma em lei seus caprichos e ai de quem não a obedeça! As conseqüências são agressões e birras ameaçadoras.

O fenômeno é chamado de “Síndrome do Imperador”, uma referência ao tipo de relacionamento entre a criança e os encarregados de sua educação. É um padrão de interação onde as crianças aprendem a controlar o adulto, fazendo o obedecer e cumprir as suas exigências. São crianças egocêntricas, com baixa tolerância à frustração, e que não parecem ter aprendido (ou estar aprendendo) a se auto-regular e controlar suas emoções. 



Enquanto alguns podem apontar causas genéticas para e "personalidade dominante", muitos pesquisadores concordam que a explicação mais contundente para este tipo de comportamento está na família e na sociedade. Trocando em miúdos: falta disponibilidade para educar e estabelecer normas e limites. A culpa por não ter tempo suficiente para criar os próprios filhos gera nos pais uma tendência de ceder em tudo. Ser consistente na educação dos filhos não é tarefa fácil. Muitas vezes é mais fácil ceder do que se manter firme sobre o que foi combinado, sobre o que é certo e razoável.

Alguns pais até temem exercer autoridade. Foram criados com muita rigidez, e querem agora, com seus próprios filhos, construir uma relação de "camaradagem". Mas exercer esta autoridade de pai e mãe, dar limites, estabelecer as regras da casa, não é a mesma coisa que ser autoritário. As crianças precisam de regras, elas lhes dão segurança. 

Pais inseguros ensinam seus filhos, erradamente, que todos os limites são negociáveis. E assim as crianças com esta síndrome “negociam” tendo acessos de raiva, partindo para a agressão física ou usando de arma mais pesada ainda: chantageiam insinuando que seus pais não são bons o suficiente e que por isso vão deixar de amá-los. O problema se extende até às salas de aula, quando professores se veem sozinhos na tarefa de educar e são até repreendidos quando tentam colocar limites nos pequenos "donos do mundo". 

A sociedade por sua vez, legitima valores hedonistas, como se fosse possível fazermos tudo o que queremos sem assumir obrigações no caminho. Como se a vida fosse apenas prazer e diversão. Como se não fosse preciso contrair nenhum tipo de responsabilidade ou fazer esforço algum para obter conquistas e privilégios. 

Psicólogos e pedagogos são unânimes: é fundamental investir em uma boa base. Para formar crianças, adolescentes e finalmente adultos equilibrados, é preciso começar cedo, na primeira infância. Pode parecer difícil agora, mas será muito mais difícil no futuro. É preciso investir tempo para dar amor e para estabelecer hábitos afetivos. E preciso colocar limites, permitir que os filhos experimentem pequenas frustrações para que eles aprendam a suportá-las, ensiná-los a se comprometer e a se esforçar pelas suas metas.

Educar não é fácil, mas os investimentos realizados nesta fase, serão, com toda certeza, colhidos no futuro. 

Fonte: http://tudosobreminhamae.com/