quarta-feira, 18 de maio de 2016

Mães e filhas: o vínculo que cura, o vínculo que fere

Cada filha leva consigo a sua mãe. É um vínculo eterno do qual nunca poderemos nos desligar. Porque, se algo deve ficar claro, é que sempre teremos algo de nossa mãe.

Para termos saúde e sermos felizes, cada uma de nós deve conhecer de que maneira nossa mãe influenciou nossa história e como continua influenciando. Ela é a que, antes de nascermos, ofereceu nossa primeira experiência de carinho e de sustento. E é através dela que compreendemos o que é ser mulher e como podemos cuidar ou descuidar do nosso corpo.

Nossas células se dividiram e se desenvolveram ao ritmo das batidas do coração; nossa pele, nosso cabelo, coração, pulmões e ossos foram alimentados pelo sangue, sangue que estava cheio de substâncias neuroquímicas formadas como resposta a seus pensamentos, crenças e emoções. Quando sentia medo, ansiedade, nervosismo, ou se sentia muito aborrecida pela gravidez, nosso corpo se inteirou disso; quando se sentia segura, feliz e satisfeita, também notamos.
– Christiane Northrup –

O legado que herdamos de nossas mães
“A maior herança de uma mãe para uma filha é ter se curado como mulher”
– Christiane Northrup –



Qualquer mulher, seja ou não seja mãe, leva consigo as consequências da relação que teve com sua progenitora. Se ela transmitiu mensagens positivas sobre seu corpo feminino e sobre a maneira como devemos trabalhá-lo e cuidá-lo, seus ensinamentos sempre irão fazer parte de um guia para a saúde física e emocional.

No entanto, a influência de uma mãe também pode ser problemática quando o papel exercido for tóxico, devido a uma atitude negligenciada, ciumenta, chantagista ou controladora.

Quando conseguimos compreender os efeitos que a criação teve sobre nós, começamos a compreender a nós mesmas, a nos curarmos, e a sermos capazes de assimilar o que pensamos de nosso corpo ou a explorar o que consideramos possível conseguir na vida.
A atenção materna, um nutriente essencial para toda a vida

Quando uma câmera de TV filma alguém do público em algum evento esportivo ou qualquer outro acontecimento… O que as pessoas costumam gritar? “Oi, mãe!”

Quase todos nós temos a necessidade de sermos vistos por nossas mães, buscamos sua aprovação. Na origem, esta dependência obedece às questões biológicas, pois precisamos delas para subexistir durante muitos anos; no entanto, a necessidade de afeto e de aprovação é forjada desde o primeiro minuto, desde que olhamos nossa mãe para sabermos se estamos fazendo algo certo ou se somos merecedores de uma carícia.

Assim como indica Northrup, o vínculo mãe-filha está estrategicamente desenhado para ser uma das relações mais positivas, compreensivas e íntimas que teremos na vida. No entanto, isso nem sempre acontece assim…

Com o passar dos anos, esta necessidade de aprovação pode se tornar patológica, gerando obrigações emocionais que propiciam que nossa mãe tenha o poder sobre nosso bem-estar durante quase toda a nossa vida.

O fato de que nossa mãe nos reconheça e nos aceite é um sede que temos que saciar, mesmo que tenhamos que sofrer para conseguir isso. Isso supõe uma perda de independência e de liberdade que nos apaga e nos transforma.
Como começar a crescer como mulher e filha?
Não podemos escapar desse vínculo, pois seja ou não saudável, sempre estará ali para observar nosso futuro.

A decisão de crescer implica limpar as feridas emocionais ou qualquer questão que não tenha sido resolvida na primeira metade de nossa vida. Esta transição não é uma tarefa fácil, pois primeiro temos que detectar quais são as partes da relação materna que requerem solução e cicatrização.

Disso depende nosso senso de valor presente e futuro. Isso acontece porque sempre há uma parte de nós que pensa que devemos nos dar em excesso para a nossa família ou para o nosso parceiro para sermos merecedoras de amor.

A maternidade e, inclusive, o amor de mulher continuam sendo sinônimos culturais na mente coletiva. Isso supõe que nossas necessidades sejam sempre relegadas ao cumprimento ou não das dos demais. Como consequência, não nos dedicamos a cultivar nossa mente de mulher, senão a moldá-la ao gosto da sociedade na qual vivemos.

As expectativas do mundo sobre nós podem ser muito cruéis. De fato, eu diria que constituem um verdadeiro veneno que nos obriga a esquecer nossa individualidade.
Estas são as razões que fazem tão necessária a ruptura da cadeia de dor e cicatrização íntegra de nossos vínculos, ou as lembranças que temos deles. Devemos estar cientes de que estes vínculos se tornaram espirituais há muito tempo e, portanto, cabe a nós fazermos as pazes com eles.


Fonte consultada: Mães e filhas de Christiane Northrup
TEXTO ORIGINAL DE A mente é maravilhosa


terça-feira, 17 de maio de 2016

Filho respondão

“Que tal eu escolher minhas próprias roupas?” A frase soaria normal se partisse de um adolescente, mas nesse caso quem disse foi uma menina de 6 anos, que discutia com a mãe sobre o que usaria para ir à escola. Pois é, você já deve ter presenciado respostinhas, mãos nos quadris ou dedinhos em riste, como se a criança estivesse dando uma bronca em você – invertendo totalmente os papéis. Fora aquele olhar revirado para o teto, de quem parece estar impaciente (e está).

A história das roupas aconteceu de verdade e a mãe, Tasha Festel, ficou assustada. “Não foi o que ela disse que me fez sentir tão triste, foi sua atitude. Eu não podia acreditar que ela estava falando comigo daquele jeito.” Cada um lida de uma maneira diferente com as respostas atravessadas das crianças, mas esse comportamento malcriado vindo de um serzinho que costumava ser fofo e correr para te abraçar, pode ser irritante e doloroso.


Não é contra você


Uns anos atrás, Dallas Louis estava tendo uma época difícil como mãe. “Um dia, pedi mil vezes a Ethan, meu mais velho, com 7 anos, para que ele saísse da piscina. Ele continuou me ignorando, lançando aquele sorriso de ‘Eu te desafio’ e afundava na água novamente”, relembra Louis, autora do livro The Mommy Diaries: How I’m Survivng Parenthood Without Killing Anyone (sem tradução em português). “Quando eu finalmente o arrastei pra fora, ele gritou: ‘Eu te odeio!’. Eu conseguia sentir meus olhos lacrimejando. Aquilo me ofendeu muito mais do que qualquer palavrão. E me perguntei o que estava fazendo de errado.”

Esse tipo de atitude está começando cada vez mais cedo. “Atendo há quatro décadas e percebi que essa grosseria aumentou muito”, diz o psicólogo clínico Michael Osit, autor de Generation Text: Raising Well-Adjusted Kids in a World of Instant Everything (sem tradução em português). Ele coloca muito da culpa na mídia e na nossa cultura atual.


Surpreendentemente normal


A grosseria pode ser um jeito de a criança lidar com alguma situação em casa, mas normalmente é apenas um estágio de desenvolvimento na sua “declaração de independência”. A mesma criança que grita pode dizer “eu te amo” 20 minutos depois.

“As crianças lutam pela autonomia desde muito cedo”, explica Eileen Kennedy Moore, coautora do livro Smart Parenting for Smart Kids: Nurturing Your Child’s True Potencial (sem tradução em português). Os bebês cospem a comida que não querem. Aos 2 anos, eles são os mestres em dizer “não”. Crianças em idade escolar lutam para descobrir quem são. Em cada fase, estão testando o quão forte podem ser para ter o que querem. E ultrapassam o limite. Esse cabo de guerra emocional – entre querer crescer a ainda assim continuar sendo um bebê – pode desencadear um sentimento irritado e zangado com que as crianças não sabem muito bem como lidar.

Apesar de ser “normal” as crianças agirem dessa forma algumas vezes, por outro lado isso pode encorajar um comportamento desrespeitoso. Quando você está esgotado ou apressado, não quer que o tempo que passa com o seu filho seja ocupado por brigas. Mesmo sabendo que não deveria tolerar respostas sarcásticas, às vezes ignora as crises e arruma a mesa você mesma. E adia pontuações necessárias.

Embora seja difícil lidar com essas situações, certamente isso não significa que você seja uma mãe horrível. “As crianças amam seus pais”, diz KennedyMoore. “Às vezes elas apenas não querem desligar o videogame ou sair da piscina. Responder de volta é uma expressão da frustração e uma tática que eles esperam que vá levar ao que querem.”

Depois de um dia cheio de regras e expectativas dos adultos, crianças em idade escolar muitas vezes se sentem impotentes e irritadas. “Expressar suas opiniões com rispidez ajuda a sentirem como se tivessem algum controle sobre a própria vida”, explica a psicóloga Bronwyn B. Charlton. O problema é que as habilidades sociais infantis não alcançam as habilidades verbais. “Tato não é parte do repertório deles”, acrescenta. “Eles não entendem como expressar seus ‘grandes’ sentimentos calmamente sem machucar ninguém – apenas se você ensiná-los.”

Lembre-se: eles são crianças, e o adulto aqui é você. Não é o caso de levar para o lado pessoal e muito menos responder na mesma moeda, como se fosse uma briga de escola. Veja ao lado boas maneiras de lidar com a situação.

Como resolver


Dê o exemplo – Quando você é indelicado com um garçom ou revira os olhos para as sugestões do seu marido, as crianças estão vendo.

Não entre na batalha – Quando seu filho te provoca, é normal você ser tentado a responder na mesma moeda. Mas isso é mau exemplo.

Mostre que não gostou – Diga: “Você sabe como falar comigo se quer que eu te escute”.

Trate o seu filho com respeito – Com pedidos respeitosos é mais provável de obter repostas respeitosas.

Crie um momento de aprendizado – Os filhos nem sempre entendem por que suas palavras ferem. Cabe a você explicar.

Perceba os bons momentos – Reconheça, elogie, agradeça

FONTE: http://www.paisefilhos.com.br/

segunda-feira, 16 de maio de 2016

7 Livros Para Dialogar Com As Crianças Acerca Da Morte E Outros Assuntos Difíceis

A literatura infantil tem um poder especial: tornar mais leves assuntos difíceis, e facilitar a conversa com os pequenos sobre coisas que às vezes são tabu até para nós, adultos. Abaixo, uma lista com sete livros que permitem e incentivam conversas importantes:

1. HARVEY – COMO ME TORNEI INVISÍVEL 

Na primeira vez que li o livro – foi uma surpresa enorme, não imaginava o que me esperava ali dentro. Esse é um livro pra crianças mais velhas, acima de 9 anos, pela indicação da editora – mas é um livro pra emocionar muito adulto também. Na história, o menino Harvey e o irmão Cantin perdem o pai. Chegam em casa depois de brincar e deparam-se com a ambulância levando o corpo, a mãe as prantos – e então Harvey (o livro é na voz dele) tem que lidar com a ausência do pai. Entrar em casa, encarar o ambiente vazio (Harvey, entre outras coisas, não entende como o carro do pai ainda está na garagem se ele não está lá), a solidão da primeira noite. Harvey vai se sentindo pequeno sem o pai, se tornando invisível. As ilustrações acompanham a história lindamente – e ao folhear o pequeno livro, a sensação é de estar acompanhando um filme. Emocionante, triste, bonito demais. Da editora Pulo do Gato.



2. A PRECIOSA PERGUNTA DA PATA

Esse livro me foi indicado quando falei aqui pela primeira vez sobre o assunto, a morte – e foi um dos mais bacanas que li com o Francisco. É um livro bacana de ler com os mais pequenos (no site da editora a indicação é a partir de 1 ano) – na primeira vez que lemos, o Francisco acompanhou atento, fez várias perguntas e terminou com um sorriso. Lemos algumas noites seguidas, a pedido dele, e conversamos sobre o que será que acontece quando morremos (o Francisco jura que o vovô virou passarinho, e que já cruzou com ele na escola). É essa a tal pergunta da pata: ela acaba de perder um filhotinho, e comparece a uma reunião onde os bichos debatem assuntos difíceis querendo saber isso, para onde vamos quando não estamos mais aqui. Cada um dá sua resposta, conforme o que imagina – o rio vai virar mar, o sol não vai sentir mais tanto calor, o rato voltará enorme como um elefante. Apesar do assunto difícil, o livro é leve, fácil de ler. Escrito pela belga Leen van den Berg. Nossa cópia emprestamos da Biblioteca Pública – devolvi o livro com um aperto no coração, admito! Da Brinque-Book.



3. O PATO, A MORTE E A TULIPA

O pato, a morte e a tulipa – foi um dos livros mais importantes que já passaram pelas nossas mãos. Também, assim como o livro aqui em cima, fez a gente conversar um bocado. Um dia o pato percebe que há uma senhora caveira andando junto dele – já fazia tempo que ele não se sentia muito bem, e ele resolve perguntar o que ela faz por ali. Ela então responde que é a morte – e diz que anda por perto, na verdade, desde que ele nasceu, mas que agora é hora de levá-lo. O pato fica inconformado, não quer ir embora – e a morte, com muita calma e paciência, vai o acompanhando e respondendo suas perguntas. Os dois se tornam amigos próximos – chegam a dormir abraçados, o pato aconchegado à morte. Até que ele não acorda – e aí, o final, me emociona sempre: a morte deita o pato sobre o rio e dá um leve empurrãozinho. Por pouco não fica triste – mas pensa: assim é a vida. Escrito e ilustrado por Wolf Erlbruch, publicado no Brasil pela Cosac-Naify.




4. A GRANDE QUESTÃO

Esse é outro livro de Wolf Erlbruch, o autor e ilustrador do livro aí em cima, O Pato, A Morte e a Tulipa – e vou contar, é muito difícil não não se encantar pelas obras do alemão! Aqui, a grande questão é a pergunta: afinal, por que estou aqui? A cada página dupla, um personagem diferente responde. O gato tem sua resposta, o soldado, o coelho – e também o pato e a morte, ali, do livro anterior. Algumas são cômicas, outras emocionam, todas são criativas demais e acompanham uma ilustração divertida. O comilão diz: “você está aqui para comer bem, aí está o porquê.”; a pedra: “você está aqui para confiar”; a morte: “você está aqui para amar a vida”. Tão bonito! Também da Cosac-Naify.



5. FICO À ESPERA

Foi o pessoal da Biblioteca Pública quem me indicou esse livro, e emprestamos também ele de lá – eu conhecia o Davide Cali do livro “O que é o Amor?” e do “Um Dia um Guarda-Chuva”, ambos portugueses. Que livro diferente! Primeiro, o formato: tem a forma de um envelope, retangular – deixa logo a gente curioso. Dentro dele ilustrações delicadas e um fio de lã vermelho, que percorre o livro todo e acompanha a vida de um garoto: sua infância, adolescência, fase adulta e velhice. Cada momento, uma espera: ele está à espera e crescer, do beijinho de dormir, da partida do trem, da guerra, do nascimento do filho. Uma leitura deliciosa. Ilustrado pro Serge Bloch, publicado pela Cosac-Naify.



6. EU ME PERGUNTO…

Se o livro “A Grande Questão” traz as respostas mais divertidas, O “Eu me pergunto…” traz perguntas, e as mais difíceis perguntas – e cabe a nós conversar e procurar as respostas. O que é o tempo? Tudo que já aconteceu desaparece para sempre? Foi Deus quem criou os seres humanos? Ou fomos nós que criamos esse Deus em nossas cabeças? – essas são algumas delas. Um convite a à filosofia, para ler com crianças mais velhas. Escrito pelo norueguês Jostein Gaarder, o mesmo autor de um livro que muita gente curte demais: O Mundo de Sofia. Publicado pela Companhia das Letrinhas.



7. O ANJO-DA-GUARDA DO VOVÔ

Arrisco dizer que esse é preferido do Francisco, aqui dessa lista – especialmente porque ele se reconheceu na história do garotinho do livro, que ouve atento histórias do vovô, deitado na cama do hospital. As ilustrações e o texto se complementam, e está nos desenhos um detalhe precioso: o avô vai contando do que já fez durante a vida, das coisas que aprontou, do que passou. Mas em cada situação de perigo pela qual ele passa, um anjo o acompanha, zelando pela sua vida: segura um ônibus que quase o atropela, ajuda ele a carregar peso, afasta nuvens chuvosas, até faz papel de cupido. No final, o vovô fecha os olhos – e seu anjo agora segue acompanhando o netinho, sem que ele perceba. É de encher os olhos de lágrimas a cada leitura, encher o coração de saudade, mas também de conforto. Mais um livro lindo e tocante da alemã Jutta Bauer, a mesma autora e ilustradora do Mamãe Zangada. Publicado pela Cosac-Naify.



FONTE: http://www.portalraizes.com/

segunda-feira, 2 de maio de 2016

As melhores brincadeiras para estimular o desenvolvimento do seu filho por idade

Até 3 meses


É nesse período que a criança vai aprender a sustentar a cabeça. Então, ajude-a a fortalecer os músculos do pescoço. os braços e as pernas ainda ficam muito flexionados, como no útero. A dica é estendê-los suavemente para alongá-los.

Brinque: coloque-a de bruços sobre a cama ou outra superfície segura e chame sua atenção comumobjeto sonoro, como o chocalho, fazendo-a levantar o rosto. Fora do campo de visão do bebê, bata palmas para que ele tente localizar de onde vem o som virando a cabeça.

Dos 3 aos 6 meses

O tronco já está começando a se firmar. coloque a criança sentada em seu colo e também na cama, com um apoio nas costas. Isso a ajudará a desenvolver a musculatura da região. Deite o bebê de barriga para cima e cruze suas pernas, incentivando-o a rolar sobre si mesmo.

Brinque: crie um tapete de texturas. Deixe seu filho de bruços na cama e espalhe objetos com diferentes toques próximos a ele para explorar o tato, que já está mais sensível nessa fase. Vale também pendurar móbiles no berço.

Dos 6 aos 9 meses

A mãos estão mais fortes e a criança consegue segurar objetos grandes. estimule-a a transferi-los de uma mão para a outra. Lembre-se de que ela está na fase oral e tudo é levado até a boca. Por isso, escolha brinquedos grandes, macios, não cortantes, laváveis e que não soltem pedaços. Algumas crianças já começam a ficar de pé nessa fase. Desça o estrado do berço para evitar acidentes.

Brinque: tire seu filho da cadeirinha e coloque-o no chão, dando espaço para que possa se arrastar e engatinhar. Não se esqueça de tampar tomadas e tirar do alcance o que possa ser puxado, como a toalha de mesa. Faça o jogo do “um pouquinho mais longe”. Distribua objetos a uma certa distância, começando mais próximo, incentivando seu filho a engatinhar até eles. Cada vez que ele conseguir alcançá-los, faça festa e afaste-os um pouco mais.

Dos 9 meses a 1 ano

A criança começa a adquirir o movimento de pinça, pegando objetos com os dedos polegar e indicador. Ofereça tampinhas ou bolas de papel para aprimorar a preensão, sempre sob supervisão, pois são pequenas e podem ser engolidas. Nessa fase, você já pode ajudá-la a ficar de pé sustentando-a pelas mãos.

Brinque: bata palmas e dê tchau para que ele imite você. Se não conseguir, ensine-o segurando as mãos dele.


De 1 ano a 1 ano e 6 meses

Nessa fase, seu filho vai conseguir andar sozinho. ajude-o a trabalhar o equilíbrio oferecendo brinquedos que possam ser puxados ou empurrados, como um carrinho amarrado a um barbante. a criança já tem capacidade para utilizar papel e giz de cera grosso atóxico. ensine-a como fazer rabiscos na folha, estimulando a coordenação motora.

Brinque: disponibilize caixas de diferentes tamanhos e peça que seu filho coloque umas dentro das outras. Isso ajuda a desenvolver a compreensão.

De 1 ano e 6 meses a 2 anos

Já com um pouco mais de desenvoltura e habilidade, permita que ele folheie revistas velhas, rasgue-as e amasse as páginas, é uma ótima maneira de estimular a coordenação motora das mãos. Fale os nomes das partes do corpo e peça que vá apontando, uma por uma, para despertar a consciência corporal e treinar o controle do indicador estendido quando os outros dedos estão abaixados.

Brinque: nessa fase, toda criança – menino ou menina – adora brincar com bola. Estimule seu filho a chutar e fazer gol para trabalhar a agilidade das pernas.

De 2 a 3 anos

Seu filho já consegue correr, então leve-o para um parque e incentive-o a brincar de pega-pega, dar pulos e ficar apoiado em um pé só, o que desenvolve o equilíbrio. Também já é possível permitir que ele mesmo lave o corpo durante o banho, o que desenvolve a coordenação, como quando faz movimentos de sobe e desce com o sabonete. Para promover o senso de direção e fortalecer a musculatura das pernas, outra boa opção é o triciclo.

Brinque: monte um ateliê para brincarem com argila, massa de modelar e tinta guache. Brincar de artista ajuda a controlar a força na ponta dos dedos e o movimento do punho e das mãos.

De 3 a 4 anos

Chegou a hora em que seu filho se move independentemente pela casa: sobe e desce escadas alternando os pés, pula obstáculos e desvia de móveis. Ajude-o a empilhar de 6 a 8 objetos, estimulando o controle neuromotor.

Brinque: desafie-o a desenhar formas geométricas, começando pelo círculo. Assim ele pratica a coordenação motora fina, responsável pelos movimentos mais delicados e precisos do corpo.

De 4 a 5 anos

Cada vez mais seu filho é capaz de realizar tarefas que exigem controle preciso do corpo. A mão, por exemplo, tem firmeza para segurar o lápis e habilidade para desenhar um homem com três partes – cabeça, tronco e pernas. Habitue-o a organizar os próprios pertences e a ajudar nas tarefas da casa. Além de desenvolver o senso de responsabilidade, essa rotina exercita a coordenação motora, como ao dobrar peças de roupa ou guardar objetos na gaveta.

Brinque: desafie seu filho a andar nas pontas dos pés e a imitar os animais utilizando todo o corpo: rastejando, se for uma cobra; saltando agachado, se for um sapo, etc.

De 5 a 6 anos

A criança já demonstra boa habilidade motora, mas ainda não tem noção de perigo. Nessa fase irá manusear a tesoura, por isso alerte-a sobre os cuidados necessários para não se cortar. Os reflexos estão mais rápidos e permitem à criança defender ou agarrar a bola com as duas mãos, sem deixá-la escapar.

Brinque: chute a gol e queimada são duas brincadeiras novas para o repertório do seu filho. Ele já diferencia direita e esquerda, então aproveite para treinar essas noções.

De 6 a 8 anos

A coordenação motora fina está melhorando. Assim, seu filho vai aprender a segurar o lápis fazendo uma pinça como polegar, o indicadoreo dedo médio. Uma boa dica para ajudá-lo nessa tarefa é pedir que ele junte o dedo mindinho e o anelar e, na sequência, tente segurar um lápis com os outros três dedos. De forma natural ele conseguirá empunhá-lo.

Brinque: que tal organizar passeios de bicicleta? Nessa fase, seu filho não terá dificuldades em pedalar com rodinhas, pois tem o equilíbrio, o senso de direção e a força exigidos pela atividade. Depois de adquirir mais confiança, proponha eliminar as rodinhas, primeiro uma, depois a outra. Não se esqueça dos equipamentos de segurança!

Fonte: http://revistacrescer.globo.com/

domingo, 1 de maio de 2016

Desenho Infantil

Infelizmente, a maior parte dos adultos tem o desenho como algo sem valor, sem necessidade, uma perda de tempo. Esses não conseguem enxergar a importância dos desenhos, nem seus benefícios.
O desenho é uma das ferramentas utilizadas no processo de terapia infantil, e seu valor é imensurável. Em casos de crianças que ainda não desenvolveram a fala, o desenho é de extrema importância.
Todas as crianças gostam de desenhar, pintar ou simplesmente rabiscar, e os adultos também. No entanto, quando estamos entrando na adolescência, paramos de desenhar, pintar ou simplesmente rabiscar, acreditando que isso é coisa de criança, quando na verdade vai muito além de uma brincadeira infantil. O desenho nos proporciona uma coordenação motora firme, melhora a concentração e estimula a nossa criatividade, permitido uma qualidade de vida mental mais elevada. O desenhar, pintar ou simplesmente rabiscar é uma terapia à qual todos temos acesso. O desenhar, pintar ou simplesmente rabiscar deve ser estimulado na infância e exercitado durante toda a nossa existência, mesmo que em menor quantidade, sem nos preocuparmos com sua qualidade.
Cada pintura, desenho e até os rabiscos revelam as projeções das crianças. As análises infantis demonstram sempre que, por trás do desenho, da pintura e da fotografia, esconde-se uma atividade inconsciente muito mais profunda: trata-se da procriação e da produção no inconsciente do objeto representado (MELANIE KLEIN apud MÉREDIEU 1974, p. 61).
Valle e Françoso (1999) ressaltam o valor do desenho no contexto de analise clínica. O desenho se constitui numa condição ótima para a projeção da personalidade, possibilitando a manifestação de aspectos que o sujeito não tem conhecimento, não quer ou não pode revelar. Isto porque é um meio menos usual de comunicação do que a linguagem, e por ter conteúdo simbólico menos reconhecido.
O desenho é, portanto, um recurso técnico capaz de auxiliar estudiosos e clínicos, devido ao seu valor expressivo, projetivo, narrativo e prático.
Em “Descobrindo Crianças”, livro de Oaklander (1980), as crianças frequentemente preferem desenhar ou pintar aquilo que querem, e não aquilo que se lhes mandam. Isto não prejudica o processo terapêutico; a importância reside no que está em primeiro plano para a criança. Quando a pintura flui, amiúde o mesmo ocorre com a emoção. As crianças têm prazer em pintar, especialmente as que já passaram da idade da creche ou jardim de infância (p.61 e 62). 
Fonte: http://www.psicologiasdobrasil.com.br